Capítulo 25

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Cheguei em casa, tomei um banho, almocei e fui para o quarto estudar. Logo alguém me atrapalha batendo na porta, dei permissão e a pessoa entrou. Era a tia Laura.

— Oi querida, já está estudando?

— Sim tia, preciso passar nesse simulado. — Sorri.

— Você já sabe a metade do conteúdo decor?

— Na verdade eu já sei quase todo, só estou dando uma revisada.

— Eu queria um favor seu.

— Pode dizer.

— É que assim eu queria que...

— Diz tia, não precisa ficar com vergonha, não somos duas desconhecidas, pode ficar a vontade.

— Eu queria que você desse umas aulas extras ao Thomaz.

— O quê? — Gritei. Logo vi sua face assustada. — Me desculpa o espanto mais é que não é legal ficar perto dele, hoje a professora estava explicando as coisas e ele não estava nem aí, aliás isso é todo dia.

— Eu acredito ele é debochado assim mesmo, desde pequeno ninguém pode com ele, mas faz isso por me sobrinha, não aguento mais isso, todo dia pergunto a Deus onde foi que eu errei pra ele se tornar uma pessoa tão amarga. — Disse enquanto caía algumas lágrimas sobre seu rosto.

— Não fica assim, eu acho que no fundo ele tem um bom coração. — Falei secando suas lágrimas com meus polegares.

— Eu não acredito mais nisso, hoje eu recebi uma ligação de três professoras reclamando do comportamento dele, disseram que ele está a ponto de ser expulso. Ontem depois que você saiu, ele foi pra uma festa com uns amigos, acredita que uma senhora caiu na rua e ele simplesmente começou a rir?

— Não acredito, sério que ele fez isso tia? — Falei espantada.

— Isso não é nada, teve uma vez que ele e uma menina invadiram a casa de uma mulher para fazerem perversões.

— Após isso acabo de tirar a conclusão que ele é sim pior do que eu imaginava.

— E sinceramente eu não vou aguentar isso por muito tempo, eu sofro do coração e não posso ter nenhum tipo de emoção, e a única coisa que ele vem me dando é desgosto, queria que ele fosse parecido com o Breno.

— Tia não se preocupe, eu vou tentar ajudar ele, eu prometo.

Depois daquilo ficamos conversando mais um pouco e eu voltei a estudar enquanto ela foi descansar, de repente um barulho imenso começa a fluir, até chegar no ponto de ficar impossível de estudar.

Saí do quarto e claro tinha que ser o Thomaz, bati na porta com força para que ele pudesse escutar, até que ele deu permissão para entrar e eu nem esperei e comecei a falar.

— Você não tem algo melhor pra fazer não? Tudo bem que é bom tocar violão, cantar e tudo mais, sendo que faz 2 horas que eu estou tentando estudar e você não deixa com esse barulho, ao invés de tá zuando porque não pega na apostila e vai estudar pro simulado pra ver se você pelo menos vai pra final sem precisar ser reprovado na matéria?

Ele apenas gargalhou.

— Por acaso eu tô falando grego ou tá me achando com cara de palhaço? — Gritei.

— Você é muito engraçada brava mano, mas na real mesmo, você não tem o direito de se meter na minha vida, você não é ninguém pra dizer o que eu devo ou não fazer.

Não aguentei e o empurrei contra a parede.

— Escuta bem o que eu vou te falar, você vai estudar comigo agora entendeu? Sua mãe está morta de desgosto com você.

Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now