Capítulo 17

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   Já estava preparado para tomar a iniciativa, quando meu irmão Breno chegou atrapalhando tudo.

— A mamãe pediu que eu vinhesse aqui ver o que estava acontecendo com vocês, porque lá de baixo deu pra ouvir a discussão. — Ele falou fitando a Anne. Eu não tinha percebido que estávamos falando tão alto.

— Não é da sua conta. — Falei.

— Não aconteceu nada e, o Thomaz já estava de saída, não é Thomaz? — Anne disse, me olhando.  Olhei pra ela e para o meu irmão e saí.

   O Breno era o tipo de pessoa que dava o bote e escondia a unha, sempre se passando por bonzinho, cuidadoso, mas na verdade, ele não era nada do que aparentava. Sentia raiva por meus pais nunca enxergarem o lado obscuro dele, chegavam até a dizer que eu deveria seguir seus passos.

P.O.V Anne

— Desculpa pelo meu irmão, ele é idiota assim mesmo. — Aquele menino falou.

— É, eu já percebi.

— Você é a Anne, certo? — Apenas assenti.
— Sou o Breno Parker. — Falou pegando em minha mão. — Te conheço indiretamente, por causa do Kauê.

— Já eu nunca ouvi falar de você, e se ouvi passou pelo o sentido. — Sorri para não parecer grossa.

— Entendo. Já estão servindo o jantar, só estávamos esperando você e o Thomaz. Vamos lá, antes que eles desistam de esperar.

    Quando cheguei a mesa, o Thomaz estava com um olhar mortal pra mim, seus pais estavam sérios e o Kauê brincando com a comida. É agora que vão me expulsar por causa desde idiota, pensei.

— Pode sentar, Anne. — Tio Vinícius falou.

— O que aconteceu para vocês terem brigado dessa forma? — Tia Lau perguntou.

— Esse idi... Seu filho entrou no meu quarto sem permissão. — Falei.

— Você entrou no quarto dela? — Falaram em uníssono e pude ver o olhar irado do Kauê para ele.

— Eu não tenho culpa se ela deixou a porta aberta. — Me olhou, tentando se defender.

— Mas você não tinha o direito de entrar. — Retruquei.

— Então dá próxima fecha a porta ô sua mimada, você faz confusão com tudo. — Quando eu ia me posicionar, a tia Laura tomou a frente.

— Parou! Para que isso não se repita, da próxima vez a Anne deve fechar a porta do quarto. —  O Thomaz sorriu irônico. — E se a porta estiver aberta, o Thomaz não vai entrar sem permissão. — Fiz cara de deboche.

   Depois disso esse assunto acabou, jantamos e eu subi para o meu quarto, assim que eu ia abrir a porta, alguém me puxou.

— Você viu a confusão que fez? — Thomaz perguntou.

— Você não se cansa de me atormentar não? — Bufei.

— Não. — Me soltou e foi para o quarto.

   Tranquei o meu quarto com a chave, agora quero ver ele entrar, pensei.

(...)

   Segunda-feira finalmente chegou, desliguei o despertador que marcava 05:30 da manhã e levantei. Era o dia de começar uma nova etapa na minha vida, conhecer novas pessoas e realizar meu maior sonho. Estava muito feliz, só por pensar.

   Fui tomar banho, fiz minha higienização e montei um look (foto da multimídia com a própria Anne), fiz uma make média e soltei meus cabelos, coloquei uma sapatilha alta atrás preta, passei perfume, coloquei meu óculos que nem usava, peguei uma bolsinha de lado e desci.

Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now