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Desculpa a demora pra postar esse capitulo ♡ é que eu queria terminar Last First Kiss primeiro. Falando nisso, leiam L1K sz. Ta no meu perfil.

Nesse capitulo vai ter um POV do Harry, onde vocês vão conhecer mais sobre a vida (infeliz) dele.

Bom capitulo.

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Sage POV.

As sobrancelhas de meu pai se franzem ao mesmo tempo que Tori entra pela porta gritando e largando sua mochila pelo chão. Ela pula no colo do meu pai o abraçando como eu fiz momentos atrás.
Vou para o lado do Harry que murmura pra mim.

- Salvo pela louca. - olho pra ele e sorrio.

- Eu acho que eu vou embora. - Harry diz se inclinando sobre o sofá pra pegar sua mochila.

- Não rapaz, senta ai, vamos conversar.

- Ou eu acho que vou me sentar aqui. - ao que Harry se senta quase imediatamente, observo divertida pelo jeito que meu pai parece intimida-lo. Tori e eu trocamos olhares e telepaticamente concordamos em salva-lo do interrogatório de meu pai. Ninguém merece passar por isso.

- Sabe o que é pai, o Harry tem que ir, ele já estava de saída. - minto.

- Mas eu só...- o velho começa mas Tori o interrompe.

- Pai eu tenho que te mostrar a camisinha que eu ganhei na escola. - meu pai gagueja enquanto ela o leva escada acima o empurrando pelos ombros.

- Camisinha?! Pra que você quer isso?

- Dã. Pra passar no meu tênis novo que eu comprei com o seu dinheiro e sem sua permissão. Até parece! - a garota diz como se fosse óbvio e eles somem e só o que se escuta é a voz de meu Pai repreendendo a garota louca.

Olho para o Harry e seus lábios estão curvados em um sorriso, mas quando ele me pega o observando sua cara se fecha como sempre.
Na verdade, Harry sorri mais do que eu esperava da parte dele.

- Eu vou embora. - ele pega sua mochila. Franzo a testa.

- E os cupcakes?

- Acho melhor a gente fazer outra coisa, ou deixar pra lá e levar um zero mesmo.

- Não Harry! Você fumou? Ta loucão? Não posso tirar zero, e você também não, porque a não ser que você mande seu dinossauro comer o professor de química assim como ele fez com seu trabalho, não tem jeito. Não vou levar zero nessa. - cruzo os braços e falo autoritária. Ele encara a parede atrás de mim e logo depois suspira.

- Ok, mas você vai pensar em algo melhor do que cupcakes. - fala andando até a porta e o acompanho. - e você vai ter que pensar muito, porque não existe nada melhor do que cupcake. - faço um "pff" com a boca e jogo meu cabelo por cima dos ombros.

- Eu sou melhor do que Cupcake.- o garoto ri uma risada sarcastica antes de jogar sua mochila pro banco do passageiro no carro.

- Porra nenhuma. - reviro os olhos antes de o mostrar o dedo do meio. Ele liga o carro e o acelera devolvendo o gesto carinhoso e afetivo. Notem a ironia.



Harry POV.

- Mãe? - chamo quando chego em casa trancando a porta e jogando a chave na pequena mesa ao lado dela.

Nenhuma resposta como o esperado.

Tirei os sapatos o jogando em qualquer canto da casa.
Foda-se, sou eu que arrumo essa merda mesmo.
Bufo tirando a camisa e sentindo o peso da vida infeliz que levo cair sobre as minhas costas. Ao chegar em casa todos os dias, lembro a mim mesmo que já posso parar com a atuação que faço o dia todo. Sei que todos pensam que sou irresponsável e o caramba todo, afinal é isso que se espera de um adolescente imaturo como eu, mas, foda-se, eles não sabem o que falam.

Um barulho de vidro se quebrando no quarto me chama a atenção, mas não me assusta mais, já faz um tempo que gradativamente me acostumei a isso. Aos gritos e surtos no meio da madrugada, e o barulho de coisas quebrando que são altos a ponto de os vizinhos chamarem a policia.
Corro até o quarto da mulher que mal reconheço agora, da mulher que já faz um tempo, sou responsável por ela e não o contrario. Mas ninguém sabe disso.

Ela está gritando e agarra em seus cabelos o puxando, seu corpo está sentado no chão com os joelhos puxados a altura do peito, balançando-se pra frente e pra trás, murmurando coisas, falando com si mesma.
Me ajoelho abraçando seu corpo, encosto sua cabeça em meu peito e passo as pernas em volta de seu pequeno corpo murmurando que vai ficar tudo bem, que vamos ficar bem, apesar de eu saber que é mentira.

Vejo um jornal ao seu lado e o pego, reconheço a matéria principal e fecho os olhos segurando as lágrimas.
Hoje é o aniversário de morte do meu Pai. Dois anos que minha vida de tornou isso. Que minha mãe se tornou uma desconhecida. Ela o amava demais pra não sofrer nenhum dano. Só que na época não imaginei que parte dela teria sido enterrada junto com ele.

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Bad on.

SAGE. || H.SWhere stories live. Discover now