Viagem rumo ao submundo

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Terras arenosas, terras maritimas onde navegamos onde nos afundamos e afogamos.
Emergimos pelo doce sal do nosso amargo sangue e cambaleamos por ruas estreitas e oblíquas, onde nos hidrorreamos sob a luz faiscante e obscura de um candeeiro pendurado ao de leve no céu.
E somos assaltados por um hidróbio, um demónio, não nos vale nem as rezinhas, nem os sacramentos só nos resta hibernar deste mundo, esquecê-lo, atirar-lhe um cometa e esperar que exploda.
A nossa viagem começa em bebés, quando nascemos, quando ele se sente sentado com um narguilé, á espera que nos mantemos.
Não existe " viagens ao desconhecido", tudo o que conhecemos está aqui, não vale a pena explorar, não vale a pena estar aqui, o nosso tempo acabou, a nossa viagem já acabou, os nossos avós morreram, os nossos pais morreram, tudo o que conhecíamos foi ao fundo.
Não passamos de uma antiga desilusão.
Merecemos o quê? Mas há quem nos queira. Que nos ame. Quem ache que não somos desilusão. Cada tábua que agora representa cada pecado cairá sobre nós.
Neste mundo de impurezas e de punição, nem mesmo o mal está a salvo. Todos temos a necessidade de morrer para de ser-mos melhores do que aquilo que já fomos.
Neste mundo não se planta sardinhas, planta-se homens em terras arenosas.

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Olá meus amores!
Tudo bem?
Gostaram? Bem, aqui temos uma nova obra com a parceria do minha bestie Ruby_Platten
Esta obra é forte porque aborda temas imperdíveis.
Não deixem de acompanhar!
Boa semana e cento e um beijinhos do Adão!!

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