❀Capítulo 22❀

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   "Lizz." Ouço ao fundo alguém gritar. Tudo está escuro e minha cabeça dá voltas.

   Tento abrir meus olhos, mas a pressão que se encontra nos mesmo me impede. O ar está me faltando e sinto uma agonia por todo meu corpo, não consigo me mover, não consigo abri meus olhos e não consigo sentir meu corpo. Ouço algumas sirenes, mas tudo parece tão longe. Algo começa a subir por minha garganta impedindo a minha respiração. Começo a tossir e meus olhos se abrem lentamente, mas também se fecham lentamente. Com alguma dificuldade consigo virar minha cabeça e a tosse fica mais forte, um líquido sobe pela minha garganta e sai pela minha boca escorrendo por meu pescoço.

   "Senhorita?", ouço, mas não identifico a voz.

   Acordo com o som familiar dos bipes das máquinas, tento me mover mais é inútil. Assim que abro meus olhos encaro o teto branco, foco minha atenção para a grande lâmpada branca. Tento raciocina tudo o que está acontecendo, respiro fundo e fecho meus olhos. A região da minha barriga dói um pouco, mas não tanto como minha cabeça. Abro meus olhos mais uma vez e olho toda a sala para ver a única pessoa que não queria ver. Ele está sentando numa poltrona dormindo, sua respiração é calma, suas mãos estão cruzadas em seu peito e seu rosto está virado de lado.

   — O que faz aqui? — pergunto sem pensar duas vezes, mas ele nem se mexe e isso me frustra. Quero que ele saia, os bipes das máquinas ficam mais fortes me deixando mais estressada.

   Começo a puxar todos os fios ligados a mim sem pensar duas vezes.

   — O que está fazendo? — ouço sua voz finalmente e não sei se fico aliviada ou furiosa comigo mesmo por já está chorando — O que está fazendo? — ele pergunta mais uma vez, não respondo e retiro a agulha que me dava o soro, suas mãos param no meu rosto e nossos olhos travam uma batalha.

   — O que faz aqui? — pergunto mais uma vez.

   — Porque não me contou? — seus olhos tentam encontra os meus, mas todas às vezes desvios — Porque não me contou? — ele me solta.

   — Não tinha nada para contar. Agora quero que saía — ele para e me encara. — Nem sei o que faz aqui.

   — O que eu faço aqui? Eu te amo e esse é o meu lugar ao seu lado — ele esfrega suas mãos em seu rosto.

   — Há um ano as circunstâncias era outras. Você não pode aparecer aqui e dizer que seu lugar é ao meu lado se a mês você não fala comigo, você seguiu e eu fiquei — olho para direção contrária a ele.

   — Você sabia como eu estava. Você sabia que eu não podia fazer nada — um sorriso sem som e sem humor se forma em meu rosto.

   — Você sempre me diz que não podia fazer nada, mas a vida é sua, você tem o controle dela — lutei tantas vezes por ele e ele nunca lutou por mim.

   — Você está enganada — olho para ele e nego. — Você é que controla minha vida Lizzie — sua voz sai baixa, tão baixa que era suposto não ouvir, mas saiu tão alto em minha mente.

   — Você esta jogando a culpa em mim? — eu meio que grito e sinto uma pontada no lado esquerdo da minha cabeça.

   — Um dia talvez você entenda — ele une suas mãos atrás de seu corpo e caminha até ao meu lado.

   — Leon nós tínhamos. . . — começo quando ele leva sua mão ao meu rosto. Afasto-me de seu toque e o mesmo suspira.

   — Quero que saiba que nada mudou que é em você que penso quando acordo e antes de dormir, tudo continua o mesmo para mim, continuo te amando do mesmo jeito. O tempo que passamos afastados só me fez ver o quanto eu te amo.

Sonhei Que Amava Você 》 Book OneWhere stories live. Discover now