❀Capítulo 18❀

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   Tenho me mantido forte, por fora estou sorrindo tentando parecer feliz, mas por dentro só eu sei como estou, mas de tanto fingir que estou feliz, eu estou me sentindo feliz. Esse tempo afastada de todos comecei a pensar em meu acidente que continua vago, meus pesadelos voltaram e mal consigo dormir as vezes ouço a voz de minha mãe ou do meu pai, mas eles não estão ao me lado. Olho-me no espelho mais uma vez antes de sair de meu quarto e caminhar até a cozinha para ajudar minha mãe com a ceia, hoje o tempo está estranha, nublado e com muitos relâmpagos, Bianca acabou adormecendo de tanto chorar.

    — Então quando pretendem me visitar lá no Brasil? — minha irmã pergunta interrompendo o silêncio agradável entre nós.

    Fragmentos de da noite do acidente voltam como se estivesse acontecendo agora, como um filme em minha cabeça. Sei que deveria falar com meu pai ou com qualquer outro psicólogo, mas tenho medo que ele digam que tenho algo ou mesmo que estou ficando louca, não quero tomar remédios, sei o que esses remédios fazem com as pessoas e não quero passar meu dia parecendo um zumbi vagando por ai.

    — Lizzie?! — a voz da minha irmã me traz de volta e ela me olha preocupada. — Você está bem? — pergunta então percebe que estava chorando, limpo minhas lagrimas com meu pulso e vou até a pia lavar minhas mãos que estão sujas.

    — Vou para meu quarto me arrumar. — aviso antes de me retirar da cozinha.

    Quando chego ao meu quarto tranco a porta e escorrego pela mesma me sentando no chão, eu quero chorar, mas as lágrimas não descem. Talvez eu só esteja frustrada com tudo, mal tenho saído de casa, talvez devesse fazer algo que me faça sorrir ou algo que goste de fazer como assistir um filme ou andar de bicicleta. Levanto-me e vou tomar meu banho que por sinal não demorou muito, pego o vestido que Emily me presenteou para o natal e visto, seco meu cabelo e faço um coque, passo um pouco de maquiagem, coloco perfume e vou para sala assistir qualquer coisa até que tudo e todos estejam prontos.

    Antes do jantar houve as trocas de presentes, como não sabia que minha irmã e sua família viriam acabei comprando os presentes deles de ultima hora, meu pai me presenteou com mais ações ao portador, minha mãe me deu um conjunto de joias e da minha irmã e sua família uma passagem de ida e volta para o Brasil.

    — Não tem data marcada, ou local. Você pode ir para onde quiser e quando quiser. — ela completa e me levanto e abraço-a.

    — Obrigado Lay — sorriu e volto para o meu lugar. — Vou usar em breve — digo ao mesmo tempo que meu telefone vibra ao meu lado, pego o mesmo e olho o nome do Henry na tela, me levanto e atendo a chamada.

    "Minha mãe está a sua espera", digo me afastando e ele ri.

    "Já cheguei há algum tempo, mas a chuva não me deixa sair", ri e faço o mesmo.

    "Espera um pouco que vou te buscar.", digo caminhando até debaixo da escada.

    "Okay", ele diz e desligo a ligação.

   — Quem era? — meu pai pergunta.

    — O Henry, ele está lá fora faz um tempo, a chuva está forte — abro a pequena porta que fica abaixo da escada e pego o guarda-chuva. — Já voltou — digo a todos que confirma.

    Assim que abro a porta o vento frio colide contra meu corpo, abro o guarda-chuva e caminho apressadamente até o carro parado na frente da casa. Quando chego perto à porta se abre, Henry entra debaixo do guarda-chuva e fecha o carro.

    — Porque não me ligou antes? — pergunto enquanto caminhamos para a entrada da casa.

    — Não sei — ele assume. Assim que chegamos à entrada batemos os pés no carpete. — Esqueci seu presente no carro — ele fala quando abro a porta da casa.

Sonhei Que Amava Você 》 Book OneOnde as histórias ganham vida. Descobre agora