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-Então você quer dizer que ela está ficando na sua casa com seu meio irmão doente? -Assenti. Eu e o Guilhermo estávamos sentados no sofá de sua casa. Deitei minha cabeça no colo dele e o mesmo ficou fazendo carinho no meu rosto.

-Eu conversei com ele hoje e ele é todo sorridente. -Dei um sorriso fraco. -Amanhã vou passar o dia com ele e vou levar o Arthur lá para casa. 

-Você quer continuar falando sobre isso? Sobre a sua mãe e seu meio irmão? -Realmente a história do Arthur me abalou, mas não acho que eu deva ficar pensando nisso. Vou dedicar uma parte da minha vida a ele, pois assim que o vi, eu gostei dele e acho que vai ser bom para ele ter outra companhia além da mãe. 

-Não. -Sentei e olhei para o Guilhermo. Não havia reparado que o mesmo já me olhava a mais tempo, só fui perceber quando eu o olhei e ele virou o rosto meio envergonhado. -Falta muito tempo para o baile? -Ele olhou o relógio.

-Umas 5 horas. -Deu de ombros. -Você se candidatou para ser rainha do baile? 

-Não e você? Vai ser o príncipe da noite? -Perguntei rindo e dando umas cutucas de leve no braço musculoso dele. 

-É uma competição. -Arregalei os olhos. -Eu, Pedro, Paulo, Rafael, Igor, Caio e até seu melhor amigo entrou nessa. 

-Quem ganhar leva o que? 

-A passagem paga para Natal. -Ele deu de ombros e eu comecei a rir.

-Tenho um nome para isso; falta do que apostar. 

-O que você apostaria se a aposta fosse entre eu e você?  -Ele me olhou nos olhos e percebi que o assunto tinha ficado sério, o que era estranho, pois o assunto não era nada sério.

-Um segredo. -Disse após alguns segundos pensando. 

-Então vamos apostar. Se eu perder, te conto a menina que eu gosto. -Fiquei sem reação. Ele me daria de mão beijada a resposta da pergunta que eu lutei para não fazer. 

-E quem disse que eu quero saber? -Fingi uma indiferença. Eu não sei por que, mas eu realmente estava bem interessada na menina que o Guilhermo estava afim. 

-Eu sei que você quer. Desde o dia que soube que eu estava afim de alguém, só não quis perguntar. -Ele me lançou um olhar desafiador. 

-E se você ganhar, o que eu te dou? -Mudei de assunto. 

-Se eu ganhar, eu quero que você me prometa que um dia vai me visitar na Itália. 

-Oxe! Não preciso de promessa para isso, é claro que eu vou te visitar na Itália. 

-Então, eu... Eu sei lá.

-Se você ganhar, a gente faz mais um passeio de casal turista. -Disse rindo, relembrando os momentos que passamos nos pontos turísticos mais famosos do Rio. 

-Fechado! Eu preciso ganhar isso. -Ele sussurrou, mas falou alto o suficiente para que eu pudesse escutar.

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