37.

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-Eu te amo, Elena. -Ele disse e sorriu.
-Que fofo. Agora você pode repetir para eu gravar? -Disse pegando o celular.
-Vai a merda, garota. -Ele disse rindo.
E a nossa tarde foi assim, eu e ele nos xingando e conversando sobre várias coisas.
Logo anoitecei e antes que eu me desse conta eu já estava dormindo.

Acordei no dia seguinte com o despertador do celular tocando.
-Desliga essa merda, Elena. Se você tem que acordar cedo, eu não tenho. -Levantei do sofá bufando e desliguei o alarme do celular.
-Você deveria me agradecer, estou dormindo nessa merda de sofá há meses por você. -Falei trocando de roupa na frente dele mesmo.
-Mando um cartão agradecendo mais tarde. -Disse colocando o travesseiro na cara. Terminei de me arrumar.
-Fui. -Falei saindo no quarto. Na porta do hospital era vez do Pedro me pegar. -Bom dia, Pedrinho. -Eu disse.
-Bom dia, Elena. Posso te pediu uma coisa? -Falou dando partida no carro.
-É mais problema? Se for eu não quero. Já estou cheia.
-Não. -Ele olhou rápido para mim antes de voltar a prestar atenção no transito. -Eu quero dar um presente legal para a Carol.
-E o meu? -Falei zoando.
-O seu eu já comprei. -Disse sorrindo. Não achei que ele me daria algo. -Na escola te entrego.
Sorri para ele.
-Eu sei que a Carol é louca para saltar de asa delta. Meu pai deixa, mas disse que não dá um centavo para ela fazer isso. -As condições financeiras do Pedro não era lá das piores. Todos meus amigos tinham uma condição de vida, no mínimo, boa.
-Ótimo!
-Por que isso? -Perguntei escondendo um sorriso.
-Você sabe! -Disse sorrindo. Por que todo mundo acha que eu sei de tudo?
-Vai largar a vida de garanhão? -Falei e dei um tampinha no braço dele. -De todos, Pedro, você é o que eu mais tinha esperança que ia pro casamento de todos seus amigos com uma mulher diferente. Que decepção. -Ele parou o carro na rua e entramos na escola.
-Fazer o que, né? -Ele disse enquanto caminhávamos. -Ah! Seu presente. -Ele parou, tirou um saco da mochila e me entregou.
Tirei da embalagem e vi um perfume da 212. Dei um gritinho que atraiu um pouco de atenção e abracei o Pedro.
-Obrigada. -Apertei ele. -Como sabia?
-Carol. -Eu sempre fui louca por esse perfume, mas nunca consegui comprar. Sempre acontecia um imprevisto ou não tinha, até que eu desisti.
-Vejo que ganhou seu perfume. -Ela disse sorrindo. -E eu até agora nada, né Sr. Pedro?
-Calma menina. Já sei exatamente o que te dar. -Ela me olhou e eu levantei as mãos mostrando que eu não sabia de nada.
A manhã passou rápido e eu ganhei presente de todos os meus amigos, menos do Téo e, óbvio, do Arthur.
-Vamos, Amor? -Téo me perguntou assim que o sinal tocou. Assenti.
Me despedi de todo mundo e fui para sei lá onde com ele.

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