42.

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-Já vou indo, Arthur.
-Eu te liberei ontem. Não é porque transou um dia que vai fazer disso rotina. Quero você para mim hoje.
-Arthur. -O chamei.
-Oi. -Ele disse.
-Vai se foder. -Falei saindo do quarto. Na porta do hospital, o Guilhermo estava me esperando.
-Guilhermo! -Pulei em seu pescoço e o mesmo me abraçou.
-É tão bom te ver com esse sorriso lindo no rosto. -Ele me soltou e entramos no carro.
-Eu estou tão feliz. -Disse abrindo um grande sorriso.
-Eu sei. Só quero saber quando a senhorita vai ter um tempo para mim.
-Arthur disse que me quer hoje. -O Guilhermo por um segundo fez uma cara feia. Sabia o que se passava na cabeça dele. Quando eu e o Arthur brigamos, ele foi a pessoa que me animou e quando o Arthur estava em coma, ele me ouvia reclamar e chorar. Agora ele acha que eu vou esquecer dele ou não vou mais ficar com ele como ficava.
Ficamos um tempo em silêncio. Era óbvio que ele não iria falar nada.
-Guilhermo. -O chamei.
-O que foi? -Ele respondeu meio seco.
-Não fica...
-Não fica como,Elena? Você foi a primeira pessoa que eu falei nessa escola e é uma das pessoas que eu mais gosto e converso. E agora que sua vida voltou a ser o que era, eu vou ficar de lado. -Ele parou o carro na rua e saiu andando em direção a escola, sem me dar chance de responder.
Saí do carro e fui atrás dele, mas não o achei.
-Vocês viram o Guilhermo? -Perguntei me aproximando do meu grupinho.
-Ele passou direto para a quadra. -Celeste disse.
-E o Téo?
-Não chegou ainda. -Rafael falou.
Fui atrás do Guilhermo e o achei na quadra. Ele estava sendo meio egoísta pensando daquela forma, mas não tirava a razão dele.
O encontrei jogando futebol com uns meninos do 1º ano. Me enfiei no meio do jogo e puxei o Guilhermo. Ouvi várias reclamações, mas não liguei. O Guilhermo andou comigo até o canto da quadra.
-Elena...
-Me escuta. -Falei o interrompendo. -Eu tenho o Téo, tenho. Eu tenho o Arthur, tenho. Assim como tenho todos os meus outros amigos. Nunca deixei nenhum deles de lado. Você sabe que eu não ligo em sair com meus amigos, mesmo que o Téo implique. Nunca deixei de me divertir com você por causa dele ou de ninguém. Sei que está apreensivo, já que agora eu e o Arthur voltamos a nos falar, mas isso não muda nada. Você sempre vai ser o menino que me ajudou a superar meus momentos difíceis e me fazia rir quando ninguém mais conseguia. Além do mais, você é a única pessoa com quem tenho papos cabeça e banco de casal turista. -Ele me abraçou. -Eu te amo. -Falei no ouvido dele.
-Também te amo. E me desculpe por ser tão egoísta.
-Já falei com meu pai sobre Natal. -Ele falava enquanto saíamos da quadra. -Ele disse que vamos janeiro e de lá eu volto para a Itália. -Ele disse e eu parei de andar. Como eu pude esquecer que ele voltaria para a Itália no fim do ano? Não queria aceitar que eu iria ficar a quilômetros de distância do Guilhermo. -Ei, ainda temos muito tempo. -Falou desconversando. Ele também estava mal, mas não queria demonstrar.
-Vamos ficar quantos dias em Natal? -Fingi esquecer o assunto.
-Duas semanas... Tenho que falar com o povo que vou voltar para a Itália. -Falou pensativo. -E se todos fossemos para Natal? -Ele perguntou se animando e eu me animei também.
-Seria uma ótima ideia. -Falei sorrindo. O sinal tocou e fomos para a sala. O Téo já estava lá e não gostou nada de me ver entrando com o Guilhermo.
-No intervalo eu falou. -Ele sussurrou para mim e eu assenti.
Fui para o meu lugar ao lado do Téo e dei um selinho nele.
-Você fica tão lindo emburrado. -Sussurrei com uma voz sexy no ouvido dele e vi que ele se arrepiou.

Gente, eu sei que eu sumi por muito tempo, mas estou disposta a voltar se alguém ainda estiver lendo.. Desculpe mesmo. Bjinhos 

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