Capítulo 25

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–Confesso, era divertido ver aquelas famílias implorando para não fazer aquilo, chorando e se humilhando por piedade. –Falou dando uma risada perversa, eu apenas o olhava fingindo admiração. –Eles não passam de meros vermes, que vivem se rastejando por migalhas. Eles nasceram para servir-me e morreram do jeito que nasceram, na merda. –concluiu.

Aquilo me deu ódio e nojo, eu pensei que eu fosse o monstro, mas estava enganado. Aqueles que são cegos por poder, acabam se tornando os monstros. Pessoas são monstros, esqueço-me que até mesmo o diabo já foi-se um anjo.

–Venha aqui, rei Vladimir. –Falou Ashton se levantando e vindo em minha direção. Levantei-me e fui ao seu encontro, onde foi que ele por fim, me abraçou. –Todos estamos condenados ao fim. –sussurou.

Foi ai, que tudo aconteceu. Comecei-me ver um flask back de tudo que o rei tinha feito. Tanta coisa ruim, que acho que ele não tinha coração. Me afastei-me dele indo para trás e ele me olhou com espanto e desprezo.

–Seus olhos. –murmurrou. –Os olhos da besta. –concluiu com nojo.

Olhei-me para o espelho que tinha ao meu lado e percebi que meus olhos estavam vermelhos, ouvi os batimentos de seu coração, admirei-me por ele ainda têr um. Então, uma certa coisa que não sei explicar, dominou-me.

–Está com medo de mim, alteza ? –ri sem humor, aproximando-o me dele que se afastava. –Eu vi tudo o que você fez, você queimará no inferno, sua alma não terá salvação. Achás que eu sou o monstro aqui, está enganado. Você é o monstro aqui. –Falei com determinação.

–O que você é? –Perguntou com medo. –O que vai fazer comigo ? –concluiu com a voz trêmula.

–Eu sou Vladimir, mas agora prefiro que tratar-me como Drácula. Eu me tornei o que todos temiam. Ah, eu não farei nada com você, acalma-te seu verme, eu sinto o seu medo, você fede a medo. –Gargualhei. –Continuando, eu não farei nada com você, e sim, uma pessoa que você retirou tudo dela, ela sim, fará com você. –murmurrei. –Apareça! –Falei serenamente em um leve assobio.

–Guardas. –Gritou o rei Ashton.

Eu me afastei-me dele, deixando para que fosse estúpido, sentei-me em frente a lareira e fiquei me deliciando com o vinho que tinha pegado na mesa ao lado. As portas se abriram com uma certa violência e notei que o rei tinha mantido sua postura serena e vitoriosa, só que depois tornou-se em espanto.

–Quem é você? –Perguntou com a voz falha.

–Sou a pessoa que você devia ter matado quando tinha a possibilidade. –Falou Joseph com uma certa audácia na voz.

–Guardas. –Gritou novamente.

–Seus guardas estão em um sono profundo que infelizmente, não haverá possibilidades de acordar. –Sorriu Joseph, me olhando com um certo brilho no olhar. –Caso não tenha entendido bem, eles estão mortos para ser exato. –riu como um menino travesso.

–Eu não sei o que você quer, mas lhe darei tudo. Sou rico, sou o rei. Posso lhe dar uma vida real. –Falou tentando fazer um acordo com Joseph.

Joseph se aproximou perto do rei, que estremeceu de medo.

–Eu tinha tudo, tudo aquilo que o dinheiro não pode dar. –Falou com uma certa tristeza em sua voz. Eu apenas fiquei calado olhando Joseph fazendo o seu trabalho. –Mas um dia, você tirou-me tudo de mim, matou a minha família. –Falou com ódio. –Eu nunca lhe fiz nada, eles nunca fizeram nada contra você, mas a sua sede por poder e em vê as pessoas se humilhando e pedindo clemência, fazia se divertir. Você tirou tudo de mim, agora eu tirarei de você, implore por sua vida. Ajoelhe-se diante de mim e peça perdão. –Ordenou Joseph.

O rei Ashton ficou perplexo diante daquilo e viu que não havia escolhas, ele começou a chorar, se ajoelhou e começou a implorar por sua vida.

–Por favor, não me mate! –Implorou o rei diante de lágrimas. –Tenha piedade.

Joseph andou de um lado para o outro e encontrou a espada do rei, sobre a mesa. Ele pegou e ficou alisando-o. O rei o observou, mas nada fez.

–Com a espada que tirastés a vida daqueles que amo, será aquela que tirará a sua vida. –Falou friamente.

–Por favor, não. –Implorou o rei. –Tenha piedade, rapaz. –resmungo baixinho.

Joseph ajoelhou-se diante do rei, ficando na mesma posição e o olhou por um breve minutos e sacou a espada enfiando certamente no coração do rei, silencioso e mortal o matou, sem clemência.

–Você não teve piedade com meus pais e eu não terei com você. –Sussurou no ouvido do rei e cravou a espada ainda mais. –Seu fim chegou, que a sua alma queime no inferno. –Sussurou, empurrando o corpo do rei, que encontrava-se morto, Joseph se levantou e ficou olhando o corpo, eu me aproximei-te dele e o abracei. Ele me abraçou, ele precisava daquilo como se fosse o seu refúgio.

–Acabou. –Eu disse para ele.

–Agora meu coração está em paz. –Sussurou.

Drácula -  Love and Darkness  》Livro 1《 #Wattys2017Where stories live. Discover now