Capítulo 2

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P.O.V Jade

   Acordei hoje bem cedo, animada para ir fazer as compras da minha filha, que ainda não tinha um nome adequado. Combinei com a Leninha de ir comigo, antes tomei um banho, e fiz toda a minha higienização.

   Avisei ao Pedro meu motorista que eu ia sair, e que precisava que ele me levasse até a loja. Não é que eu não soubesse lidar com carro, porém, sempre preferi ter um motorista por segurança.

— Vamos Leninha. — Falei impaciente.

—  Calma Jade, tô indo. — Respondeu, terminando de passar batom.

   A Leninha sempre foi uma mulher muito vaidosa, desde menina passava horas na frente do espelho. Se fosse marcar algo com ela teria que falar 4 horas antes, mas fora esse defeito, ela era a melhor amiga que já tive. Sempre morou comigo pelo fato de sermos inseparáveis, fizemos um trato quando criança que a que se desse bem na vida ia morar com a outra. E no caso, eu me dei bem, apesar de ter vindo de uma família muito fina, nada para mim veio de bandeja.

— Até que enfim mulher. — Falei brincando. — Pedro, podemos ir! — Pedi mudando de assunto.

- Tá ok, senhora Jade. — Respondeu educadamente.

   Eu sempre tive sorte com isso, graças a Deus todos os meus empregados eram educados, e cada um era considerado um membro da família.

   Chegando na loja uma moça se  aproximou nos atendendo super bem.

— É tanta coisa linda que nem sei o que escolho. — Falei olhando todas aquelas roupinhas super chiques.

— Veja esse conjunto de vestidinhos como são lindos. — Falou me mostrando os vestidos.

— Super amei, vou levar. — Despojei um sorriso.

   Eu tava tão impolgada que quando vim perceber já tinha comprado praticamente a loja toda. Comprei de tudo que uma recém-nascida precisava, embora tenha sido uma fortuna, eu estava satisfeita.

   Depois aproveitei para passar na loja de decorações, depois de quase uma hora decidindo, finalmente escolhi toda a decoração para o quarto da minha bebê.

— Realmente você tem muito bom gosto pra essas coisas. — Leni disse, me elogiando.

— Obrigada, mana.

   Cheguei em casa super cansada, mas ainda assim, não parei. Liguei para alguns decoradores de quarto, e expliquei para eles tudo do jeito que eu queria, e realmente ficou tudo muito lindo, finalmente o quarto dela já estava pronto. Agradeci pelo trabalho, e em seguida, subi as escadas em direção ao meu quarto.

   Tomei um banho relaxante, e parei um pouco pra pensar na minha vida, e percebi que durante dois dias eu não estava infeliz, e nem pensando na minha doença, pois é, eu luto contra um câncer de mama, por esse motivo fico em meu quarto o dia todo, mas graças a essa menininha eu pude sair, e me empolgar mais.

   Após o banho, saí de meus devaneios, peguei a toalha e fui ao closet, escolhi uma roupa simples, mas bonita. Penteei meu cabelo loiro curto e desci.

— Boa tarde patroa, quer que eu sirva o almoço agora? — Perguntou a Luciana, uma das funcionárias da casa.

— Quero sim, Lú. A propósito, cadê a garotinha? — Perguntei já sentindo saudades dela.

— Está no novo quarto dela, senhora! — Afirmou.

— Ela já tomou o leite?

— Já sim, a Joana disse que ela estava faminta. — Brincou.

Nada é Por Acaso (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now