Capítulo 11

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- Como você ficou sabendo? - perguntei um pouco alterada pressionando minha mão contra o pescoço.

- Rose, nós somos do FBI. - Janine falava como se tentasse explicar para uma criança de dois anos que ela não poderia pular do telhado porque se não quebraria o pescoço. - Sabemos de tudo. Tudo o quê você precisava era ser cuidadosa, e no entanto, estragou todo o plano. E ainda por cima foi sequestrada.

- Será que vocês não podem nem considerar que eu consegui escapar de um dos bandidos mais loucos de todos os tempos com vários guardas no local? Que soquei o cara e o deixei desfalecido? Qual é mãe!

- Você não faz jus ao sobrenome Hathaway Mazur, parece mais uma criança desmiolada. - Janine suspirou. - Olha, a Elen te deu uma semana pra você reverter esse estrago todo.

Meus olhos queimavam com as lágrimas que insistiam em descer.

- Não precisa ser tão dura assim. - respondi em um fiapo de voz, ouvi Abe murmurar do outro lado da linha e não esperei por mais insultos e encerrei a chamada.

Eu só não conseguia entender o motivo que Janine sempre me tratava como se eu fosse inferior à ela. Talvez seja por isso que ela me deixou quando eu nasci e foi atrás do seu sonho de ser uma Agente.

Passei a mão na lágrima que desceu e respirei fundo. Eu não deixaria ninguém me colocar para baixo dessa maneira.

***
- Alô, Adrian?

- Rosemarie! Que prazer escutar a som da sua voz.

- Será se tem como você me passar aquele material da qual eu pedir? Preciso dele pra hoje.

- Claro, minha pequena amada. Já tenho tudo em mãos. Te mandarei agora mesmo. Ligue depois para marcarmos um drink, qualquer dia desses.

- Ligarei. Obrigada.

***

A ficha desse cara é bastante interessante. Com certeza depois que eu fechar esse caso, começarei a investir mais a fundo a vida do Drozdovy.

Seria tão mais fácil se caras como esse e como o Belikov não existissem.

Belikov... Por quê nos infernos meu coração disparou quando pensei nesse maldito sobrenome russo? Única explicação plausível seria porque ele me manteve sua prisioneira e provavelmente queria arrancar meus pulmões. Sim, é isso mesmo. Nada à mais!

Eu ainda conseguia me lembrar do seu cheiro natural misturado com alguma loção pós barba. E aqueles cabelos castanhos lisos, macios e... Meu Deus! Em que merda estou pensando? Será se fiquei louca de vez? Pensamentos absurdos esses. Eu não poderia me sentir atraída por um bandido. Iria contra todos os meus conceitos de caráter e integridade.

Isso deveria ser tudo consequência das grandes doses de droga que eles me forçaram.

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