Capítulo 3

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Despertei com os primeiros raios solares invadindo o quarto. Estava me sentindo bastante calma, as oito horas de sono foram bem sucedidas.

Afastei a coberta do meu corpo e me levantei, indo ao banheiro fazer a higiene matinal e tomar um banho gelado.

Quando terminei todo o processo vesti uma calça preta justa com uma blusa cinza, e uma jaqueta também preta. Por fim, calçei minhas botas.

Peguei todo o equipamento necessário, incluindo as pastas sobre Dimitri, binóculos, dinheiro, e uma identidade falsa. Eu não seria boba de usar minha real identidade.

Coloquei a bolsa em meu ombro e sai de casa trancando a porta. Como Elen prometera, o carro estava estacionado na garagem.

A primeira coisa que eu iria fazer era rondar o suposto esconderijo de Dimitri e seus comparsas.

Liguei o carro ouvindo o motor roncar e pisei fundo no acelerador.

Quarenta minutos depois eu tinha estacionado o meu atual carro entre as várias árvores que tinha em todo o local. Era uma área bastante extensa, eu não sei como poderia chegar perto o suficiente para espionar, pois tinha um enorme portão de ferro à frente.

Saí do carro com a bolsa em mãos e tranquei o carro, peguei o binóculos para enxergar mais ao longe e notei que a sorte estava ao meu lado hoje, pois não tinha uma pessoa sequer guardando a entrada.

Aproximei do grande portão. É, dava para escalar e saltar. Conseguiria fazer isso, pois muitas era as vezes que eu já tinha fugido de casa.

Peguei nas barras de ferro e me empulsionei para cima. Sustentei um dos pés na tranca e fui escalando as barras de ferro e quando cheguei à cima, passei uma perna para o outro lado e fiquei parada um momento tentando criar coragem. Não seria uma aterrissagem nada legal. Tudo bem, Rose. É agora ou nunca.

Não pense, apenas pule. E foi assim que eu bati de cara em terra dura e torci o tornozelo.

Ótimo! Realmente... isso logo tinha que acontecer no meu primeiro dia?

Dobrei a calça para ver o estrago, não estava tão inchado assim. Mas eu estava sentindo uma dor latejante.

Levantei do chão aos poucos com cuidado para não piorar minha situação. Andei mancando próximo a... Uau, isso aqui parecia uma Mansão. Não, uma faculdade. Ou Academia.

Fiquei detrás de um arbusto, não poderia me arriscar tanto assim.

Enquanto tentava aliviar a dor do tornozelo, ouvi vozes e levantei a cabeça olhando para a frente. Havia duas pessoas. Um homem ruivo, um pouco alto e uma mulher loira, bem baixinha.

Não dava para distinguir sobre o que realmente conversavam, apenas conseguia escutar fragmentos. Sobre uma tal encomenda do chefe.

O homem ruivo gritou alguém chamado Eddie ou Edthy, não consegui entender direito. Logo um outro homem alto e um pouco musculoso apareceu segurando uma caixa vermelha. Os três conversavam rapidamente entre si e então saíram em direções opostas.

Segui com o olhar para o homem ruivo e ele já estava entrando dentro de um carro esportivo preto.

Ele saiu cantando pneus e o portão se abriu para que seguisse o seu caminho.

Havia ficado umas três horas no mesmo lugar só vigiando e tirando fotos de todos que entravam e saíam. Depois disso não aguentei mais por causa da minha torção e fui embora justo quando o portão estava se abrindo. 

Pelo menos eu não teria que quebrar uma perna ou até mesmo o pescoço para poder ir pra casa.

Me joguei dentro do carro e dei ré, depois fiz uma volta e segui adiante.

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