75

1.5K 89 11
                                    

Alfonso estava desesperado, com a ajuda do gerente, fizeram uma busca discreta por todo o restaurante e não havia sinal de Anahi. Passou as mãos pelos cabelos, desalinhados, ainda mais nervoso quando Hector retornou após uma busca aos arredores.
_Nenhum sinal senhor Herrera. - havia um tom de desaprovação em sua voz, contra seu próprio trabalho.
_Como conseguiram tirar ela daqui? Inferno Hector! Ela estava embaixo das nossas vistas e esse filho da puta a levou!
_Com certeza tiveram ajuda de alguém do restaurante senhor Herrera, algum funcionário ou cliente que passou despercebido. - mudou o peso do corpo de uma perna pra outra, nervoso - Eu vou solicitar as gravações das câmeras e tentar encontrar quem seguiu para o toallet depois da senhorita Portilla.
_Isso vai levar o inferno de uma vida! - caminhou para fora do restaurante - Deixe um de seus homens verificando isso, você vem comigo. Preciso contatar a polícia e que se foda a burocracia de 24 horas de desaparecimento.

Anahi despertou, mas tudo a sua volta girava. A cabeça estava pesada e a dor era intensa.
Abriu os olhos lentamente, forçando a visão a buscar um foco. Tentando manter a calma, respirou fundo e olhou ao redor.
Quarto! Estava em um quarto, deitada no chão, aos pés de uma cama enorme. Sufocando um soluço na garganta, se forçou a erguer a cabeça e olhar melhor ao redor.
_Calma Any, tenha calma. - pediu a si mesma num sussurro.
A sua frente havia uma porta, talvez um banheiro, o local lhe era familiar. Ao lado da cabeceira da cama, repousava um porta retrato sobre uma escrivaninha. Era a foto dela com Poncho.
Anahi franziu o cenho, como chegara em casa e o que fazia deitada no chão?
O barulho de passos no andar de baixo a fez despertar completamente, ainda um pouco tonta, forçou as pernas a trabalhar e se dirigiu o mais rápido que pôde para o banheiro. Agora conseguia se lembrar, ela não chegou em casa com Poncho, a última imagem que se lembrava, era de Velasco a olhando através do espelho do toallet do restaurante.
Antes de entrar no banheiro, agarrou o telefone sem fio e se trancou lá dentro.
Com mãos trêmulas, discou o número de Alfonso e se controlando pra não chorar, rezou pra que ele atendesse.
_Alô? - Alfonso atendeu hesitante.
_Poncho... - Any sussurrou - Vem pra casa, por favor, vem logo.
_Any?! O que você tá fazendo aí?! - voltou correndo para o carro, desistindo da delegacia - Hector, pra casa, agora! - praticamente gritou - Como chegou aí meu amor?
_Foi ele...ele me dopou e me trouxe... - Any soltou um pequeno soluço - Ele ainda tá aqui.
E como se estivesse ouvindo em silêncio durante todo aquele tempo, pancadas fortes soaram na porta. Anahi gritou assustada deixando o telefone cair ao chão e Alfonso ficou ainda mais desesperado.
_Poncho! - chamou ao recuperar o telefone - Ele tá aqui!
_Onde você tá meu amor? Em que lugar da casa? - a voz embargada, marcada pela lágrimas contidas.
_No banheiro da suíte. Corre, por favor.
_Eu estou indo minha fadinha. Eu te amo.
_Também te amo Pon. - Anahi finalmente cedeu ao choro.
_Calma Anahi, calma. Por enquanto é só um pequeno susto, a hora ainda não chegou. - Velasco falou contra a porta antes de Any ouvir os passos se afastarem.
Caída no chão frio do banheiro, derramou todas as lágrimas que prendera até agora, rezando baixinho para que Poncho chegasse logo.

Te Encontrar Outra VezOnde as histórias ganham vida. Descobre agora