capítulo 13

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- Você não terá de fazer isso sozinha, Yasmim .


Ela fitou a esposa e sorriu, dizendo:


- Isso quer dizer que vai me ajudar? - ela disse, em tom de caçoada.


- Isso também - ela respondeu.


- yasmim, querida! - Ela virou-se e deparou com Andréa. - Renato ficaria orgulhoso pelo seu esforço em estar aqui tão pouco tempo depois de sua morte.


Um elogio ou uma condenação?


- Obrigada, Andréa.


Cinco minutos depois que Andréa se foi Carla estava ao lado dela.


- Não tínhamos certeza se você viria esta noite. - A terceira esposa de Renato caminhava com pose de modelo.


- É o que Renato gostaria que eu fizesse - yasmim respondeu antes de ter visto seu irmão por afinidade. Cássio.


Cássio se entusiasmara com o casamento da mãe na esperança de seduzir a filha de Renato... mas logo descobrira que yasmim não queria saber dele. E nunca a perdoou por ter estragado seus planos de que um dia dirigiria a indústria . Mas não desistira de seu sonho, de forma alguma.


- Você está linda, querida! - ele exclamou.


- Não é mesmo? - vanesa tomou a mão da esposa e levou-a aos lábios.


A pulsação de yasmim acelerou e isso exigiu enorme esforço de sua parte para parecer inalterada.


- O que pensa que está fazendo? - perguntou ao marido no instante em que Carla e Cássio se afastaram um pouco.


- Controlando a situação.


- Para o benefício de quem ?- ela perguntou com cepticismo.


- Seu - vanesa disse com voz de seda.


- Duvido que isso funcione.


Um garçom passou e pegou o copo vazio de Yasmim, oferecendo-lhe outro que ela não aceitou.


E foi um alívio para ela quando as portas do salão de baile se abriram minutos mais tarde e os convidados tomaram seus lugares de mesa.


A comida era deliciosa, yasmim comeu apenas umas garfadas de cada prato, tomou champanhe e conversou com seu companheiro de mesa.


Uma dor de cabeça a incomodava e ela queria voltar a casa o mais depressa possível.


Só que sua casa não era mais seu apartamento, e sua vida com vanesa apenas começava.


Foi ao toalete. Havia uma fila e teve de esperar para chegar perto do espelho a fim de renovar o batom.


Teria sido preparado ou coincidência o fato de Cássio ter sido a primeira pessoa que ela viu? Conhecendo bem seu meio-irmão, optou pela primeira hipótese.


- Eu queria mesmo ver você sozinha - ele comentou a falar, sem preâmbulos. - Preciso de dinheiro.


- Não tenho nada comigo.


- Mas pode conseguir.


Não era primeira vez que isso acontecia. No começo ela ajudou-o, até perceber que isso estava se tornando um hábito.


- Não.


- Amanhã. Encontre-se comigo na hora do almoço e traga o dinheiro.


Yasmim não sentia mais pena dele.


- Você não entende o que quer dizer "não"?


- Estou lhe suplicando, por Deus. Mil, Yasmim . Só isso.


- Sua informação à imprensa não rendeu muito?


- Não sei do que está falando.


A dor de cabeça dela aumentou.


-E mesmo que eu fosse emprestar esse dinheiro, quanto tempo duraria em seu bolso, Cássio? Uma semana? E aí, o que faria?


- Tudo o que necessito é um...


- Não!

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