Day 153 – 175
O sol havia aparecido há algum tempo, mas todos continuavam dormindo. Octavia ainda encolhida perto do irmão enquanto os cabelos de Raven cobriam a face do moreno. A pequena corvo estava parcialmente no sofá. Um mosquito voou próximo a sua face e ela, ainda dormindo, bateu a mão contra o próprio rosto. Desequilibrando-se no processo e indo parar em cima dos irmãos Blake.
– Au. – Bellamy murmurou e alguns fios morenos invadiram sua boca, mas ele logo se livrou deles. – Caramba, Rav.
– Você não vai pegar o meu bolo! – Octavia gritou, ainda dormindo, mandando um chute nas costelas de Raven.
– Inferno! – A morena praguejou enquanto tentava se levantar. Suas costas doíam e seu pescoço estava travado. Ela não conseguia movimentar nem mesmo um milímetro. – Por que diabos a gente não foi pra cama?
– Cansaço, aparentemente. – O moreno respondeu. Suas mãos massageavam as pernas dormentes.
Octavia ressonava agitada no chão, ainda se debatendo enquanto murmurava que o bolo era dela e que ninguém tinha o direito de encostar nele. Bellamy riu, se levantou e pegou a irmã no colo. Desviou de um tapa e caminhou até o quarto de Octavia, deixando-a na cama. Rindo sozinho, voltou para a sala e se jogou no sofá com um largo bocejo. Raven remexia nos armários e bufou ao perceber que não tinham nada para fazer café. Ou para comer.
– Bell, você ouviu algo estranho durante a noite? Tipo, sexo. – Perguntou e o moreno riu alto.
– Acho que você teve um sonho erótico, Rav, porque eu não ouvi nada disso. – Apontou em meio ao riso. Raven deu de ombros, mesmo tendo certeza de que não havia nenhum sonho erótico na sua noite. Quem dera tivesse, pensou.
– Enfim, vamos comigo ao mercado ou à cafeteria mais próxima? – Propôs já esquecendo o assunto e encarando o corredor, pois não conseguia mover a cabeça para olhar para o rapaz. Bellamy acenou, ainda rindo. Fizeram uma rápida higiene bucal e saíram do bloco.
[...]
Clarke moveu-se na cama, desconfortável, enquanto tentava reunir forças para abrir os olhos. Seu corpo inteiro doía, mas sua cabeça e seus olhos ganhavam em disparada. Grunhiu um xingamento ininteligível e percebeu que estava tremendo de frio. Levantou-se da cama, com cada músculo de seu corpo reclamando pelo trabalho indesejado, e abriu as cortinas. O sol brilhava forte lá fora, não tinha razão para estar tremendo de frio. Foi até o banheiro e pegou o termômetro. Sentou no sofá da sala, agora vazia, e esperou o apito irritante do aparelho.
– Merda. – Grunhiu ao ver que estava com uma febre de 38 graus. – Nosso sistema imunológico é ótimo, disse a maldita guaxinim. – Bufou enquanto voltava para a pequena farmacinha e pescava um comprimido de paracetamol.
Aproveitou que estava no banheiro, se livrou das roupas e tomou um banho frio na esperança de ajudar a baixar a febre. Saiu de lá tremendo mais ainda e esbarrou no criado mudo ao voltar para o quarto, acordando Lexa. A morena se encolheu na cama e murmurou algo para si. Clarke esperava que ela não estivesse resfriada também. Pior do que duas pessoas resfriadas juntas, só uma TPM conjunta.
– Clarke. – A voz da morena saiu abafada sob os lençóis. Clarke se vestiu e calçou suas pantufas, para então arrancar os cobertores de Lexa. – Ei, estou tentando me aquecer aqui.
– Aposto que você já está bem aquecida. – A loira disse com ironia e depois tocou na testa da outra. – Não se embrulhe, vou pegar o termômetro e o paracetamol. Aliás, se livre dessas roupas e tome um banho frio.
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Wild Hearts (Part I)
FanfictionCriada de acordo a visão conservadora de seus pais, Clarke sempre seguiu pelo caminho mais cômodo. Aceitando as imposições familiares de quem ela deveria ser, pois nem ela sabia quem de fato era. Entretanto, no seu décimo oitavo aniversário, sua ami...