Capítulo 18

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-Amor, porque a gente tem que sair hoje? É meu aniversário.

-Exatamente por isso. É seu aniversário e a gente vai dar uma volta. Passar o dia na rua e eu vou comprar cada coisa que você olhar.

Eu fiquei deitado em minha cama o dia inteiro tentando por tudo ter um dia de preguiça.

-Então vou olhar só para você.

-Mas você já tem a mim.

-E não quero mais nada.

-Por mais romântico que isso seja a gente vai sair, vamos ao cinema e depois vou comprar o seu presente.

-Amor, não precisa.

-Precisa sim. Fiquei feliz com a proposta de emprego que o Noah fez, ainda mais porque ele vai abrir esse novo bar perto da universidade por causa dos jovens que tem, mas ele estragou os planos.

-E o plano era?

-Te levar para passear o dia inteiro e comprar o melhor presente de todos.

-Não mudou muito.

-Não, mas agora você teve que saber para poder te tirar da cama.

Benjamim tentou passar o dia inteiro fingindo que não sabia que dia é hoje e por um tempo eu achei mesmo que ele não soubesse. Depois quando ele veio me chamar para procurar um apartamento próximo a universidade e eu expliquei que não seria mais tão preciso assim a ponto de ser prioridade para o inicio das nossas férias ele entrou em pânico inventando mil desculpas para a gente sair. Fiz corpo mole e consegui resistir até ele chegar e abrir o jogo falando que na verdade ele queria fazer uma surpresa, ele tinha planejado tudo isso na ultima semana, iriamos para a outra cidade e enquanto procurávamos um emprego para mim ele aproveitaria para procurar um presente que me agradasse. Só que agora com um emprego já sendo arrumado a questão do apartamento não precisaria ser resolvida assim, tão mais rápido. Até porque Noah ainda esta acertando todas as coisas referentes ao local e como vai funcionar.

Tirando o fato de que Erick, que já mora por lá, prometeu ajudar a conseguir um lugar; um apartamento, uma casa, algo em que eu pudesse morar.

-Vou agradecer o Noah por isso.

-Estraga prazeres. Ele podia ter esperado mais uma semana antes de te chamar.

-Mas amor, agora a gente já sabe que vamos poder ficar perto um do outro.

-Isso é verdade, eu já estava surtando achando que ia ficar até três ou quatro meses longe do meu coelho.

-Eu também fiquei preocupado com você longe e rodeado de pessoas nos corredores da universidade. Cheio de festas todos os finais de semana. Já pensou, eu chego lá e alguma menina esta grávida de você? – Fiz drama, mas de verdade eu fiquei com medo mesmo.

-Credo amor, eu sou gay. Não iria engravidar nenhuma menina por ai. Eu te amo cabeção.

-Mesmo assim, vai saber.

-Você anda lendo demais menino.

-Não tô nada.

-Tá não amor.

Tenho certeza que ele concordou comigo só para não discutimos. Com muito trabalho ele conseguiu me convencer a ir para o shopping. Assim que chegamos fomos direto andar por muitas lojas, desde as que vendem roupas até as que vendem coisas para casas. Moveis, decoração, utilitários, olhamos de tudo. Depois de um tempo eu já estava cansado de andar.

-Vamos amor, ainda quero ir na livraria ver se já lançaram um CD que eu quero.

Desconfiei dele, já que Benjamim nunca comprou CDs. Todas as músicas que ele ouve são mídias digitais que ele compra na internet. Fomos carregando as sacolas com as compras que ele fez questão de fazer, como roupas tanto pra mim quanto para ele. Mesmo eu negando ele comprou algumas camisetas e algumas calças e shorts. Até mesmo um par de sapatos que por um acaso eu olhei distraído e ele percebeu.

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