A história está sendo respostada (Um a dois capítulos por semana)
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Ela não era muito incomum. Muito pelo contrário, era muito fácil encontrar pessoas que passassem pelos mes...
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— Pois é, e depois você diz que são só amigos e que não tem interesse. Ah tá! — falou e percebi o ciúme em sua voz.
— É porque agora amigos não conversam.
Eu já estava perdendo minha paciência com ela. Como se já não bastasse eu ter que lidar com as oscilações de humor e o jogo malicioso do Bittencourt, eu ainda teria que lidar com um ciúme incabível dela. Não era minha culpa e nem responsabilidade que ela não tivesse coragem de falar com ele, mas eu não me privaria por conta dela.
Conversamos por mais alguns instantes, e pude descobrir que ela tinha me dado e que o fator comum naquela situação havia sido o Bittencourt. Demorei a entender a lógica de toda situação, mas pelo que entendi John havia pedido o número a Jennifer que não sabia, nisso Eric interrompeu e deu o número de Gabi. Acredito que ele já soubesse dos sentimentos dela por John, – até porque ela não era discreta nem um pouco e a aula que ela tinha com John, Bittencourt fazia parte; assim, era a jogada perfeita para me atingir – mas mais uma vez, tudo poderia ser apenas paranoia da minha cabeça para fazer com que a reação sentimental de Eric fosse mais cabível, pois eu era incapaz de acreditar que ele se deixasse afetar daquela maneira sem ter algo por trás.
Gabriela não estava feliz com aquilo, acabou passando meu número mas exigiu que eu lhe mostrasse as conversas e contasse os tópicos abordados, o que tirava toda liberdade de uma amizade normal. Mas eu daria um tempo a ela para que se acostumasse, se não acontecesse, daria um choque de realidade porque, sinceramente eu não esperava um felizes para sempre entre os dois.
Ela foi embora e fiquei pensando em como ela realmente não sabia que eu não faria nada que pudesse magoá-la ou para acabar com nossa amizade – o máximo seria acordá-la para a vida, mas é isso que os bons amigos fazem. Logo voltei a procurar um livro e achei um romance clichê e me sentei em dos sofás para leitura. Não havia quase ninguém na biblioteca, o que me dava mais liberdade. Não demorou muito para que me celular anunciasse notificações algumas vezes em minha mochila, eu ignoraria, como costumava fazer, mas considerei melhor e o peguei, pois poderia ser Safira.
Olhei para a bibliotecária e ela estava distraída no computador e, de qualquer forma, ela não me expulsaria por usar o celular – no máximo por eu não colocá-lo no silencioso. Eu queria continuar a leitura e me distrair com o celular não ajudaria em nada isso, mas o peguei de qualquer forma. Quando vi que era de John me arrependi de tê-lo pegado, era melhor evitar confusões com Gabi do que aumentar suas loucuras. Outra notificação, mas dessa vez dela e não dele. Acabei cedendo e verificando tudo, eram várias de Gabriela e apenas uma do número (403) 123-4321, que não estava adicionado – certamente de John.
Conferi as mensagens, sem nenhum interesse. Ele dizia eu queria conversar comigo e Gabi estava interessada em minha conversa com ele. Não respondi nenhum. Apenas pus o celular no silencioso e voltei a ler, o que mais eu achava que merecia minha atenção no momento não era nenhum dos dois e eu queria deixar isso o mais claro que eu conseguisse.
