34

13.3K 1.1K 41
                                    

Pedro

Fomos para um lugar a quem tinha boas lembranças, eu gostava de ir lá quando me sentia entediado ou até mesmo solitário.

— É lindo aqui. — Luara sussurrou e encostou na árvore próximo ao penhasco.

Era paradisíaco aquele lugar. As nuvens bem próximas de suas cabeças, o gramado verde e baixo, a sombra das arvore que refrescam o ambiente, e claro, a vista. A cidade era pequena então dava pra ver completamente todo o território, e a noite era um show de estrelas que pareciam disputar quem brilhava mais. Mas quem ganhava óbvio era a Lua, que hoje estava cheia e linda como sempre.

— A enfermeira disse que você quase morreu por diversas vezes. — Lua se sentou no gramado encostada na árvore.

— Não quero falar disso, eu sofri muito quando acordava todos os dias e o que eu via era você em coma. — Ela abaixou a cabeça e pude ver seu sorriso. — Era isso o que queria ouvir? — Disse irônico.

— Era. — Ergueu sua cabeça e me olhou.

— Esta satisfeita senhora perfeição e aproveitadora de momentos frágeis? — Rimos.

— Estou satisfeita, obrigada, mais não gostei que tenha sofrido por mim.

— É isso ai, eu sofri. Mais não sofri por você, sofri porque amo você, são coisas relativas mocinha. — Olhei a tempo de ver suas bochechas corar. Me aproximei dela devagar e coloquei uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. — Eu amo você! — Sussurrei.

— Eu também amo você Pedro. — Era música para meus ouvidos aquelas palavras, e não preciso deduzir a parte do beijo.

Era incrível uma única pessoa mudar todo o percurso da sua vida. Eu amava aquela garota de verdade, e eu nunca seria capaz de magoar ou machucar ela. Iria fazer de tudo pra vê-la feliz, essa seria minha meta daqui por diante nem que eu tenha que matar em nome de sua felicidade, do mesmo modo que eu sei que ela arriscaria sua vida por mim, assim como já arriscou.

E se ela era capaz de morrer por mim, eu era capaz de matar por ela.

Ele psicopata, ela suicidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora