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Pedro

Assim que ouvi aquela voz desliguei meu celular, isso não podia estar acontecendo. Fiquei em choque e meu estomago dava diversas voltas, comecei a soar frio. Senti uma mão em meu ombro e virei bruscamente para ver quem era, Luara.

— Está tudo bem? — Perguntou espantada.

— Está sim. — Tentei disfarçar. — Vejo que fez uma amiga. — Cruzei os braços e olhei para uma garota que estava toda distraída arrumando suas coisas.

— Ela é legal, estamos indo juntas lá pra fora, vem com a gente?

— Podem ir sem mim, acho que tem muito o que conversar. — Ela sorriu e saiu.

Fiquei ali na sala me torrurando mentalmente sobre o que tinha acontecido, por que isso agora?
Olhei no registro de chamada e para o meu desespero não tinha número, ele era esperto o suficiente para não deixar seus rastros.

Bateu o sinal para todos voltarem para a sala, e não demorou muito para bater o ultimo sinal, sai em disparada pelos corredores examinando cada canto na espera de não estar sendo seguido. Esbarrei em algumas pessoas as vezes e acredito ser coisa da minha cabeça quando vi diversas pessoas me olhando, não demorou muito para que eu pusesse os pés em minha casa, entrei em meu quarto encostei na porta. Me obriguei a repetir muitas e muitas vezes que aquilo era apenas um pesadelo ruim e que jajá voltaria para o pior pesadelo de todos, a realidade.
Alguém bateu na porta e eu me afastei dela sem dizer nada, novamente bateram na porta eu continuei intacto.

— Pedro? — Uma voz familiar ecoou, e para meu alívio era apenas meu irmão, abri a porta e olhei para ele.

— O que foi Alan?

— Mamãe mando eu ficar com você, para garantir que não vai fazer nada de errado. — Revirei os olhos. Um pirralho querendo me controlar.

— Não enche! — Ele riu e voltou, fechei a porta e me joguei na cama pensativo.

Não percebi quando cochilei olhei para a janela e ja era noite, levantei ainda sonolento e fui tomar um banho, troquei de roupa peguei uma faca que sempre andava comigo e fui dar uma volta para tentar esquecer os problemas.
A noite estava diferente das antigas, senti um frio na barriga e uma sensação estranha de estar sendo seguido. Tentei andar mais rapidamente e a procurar algum lugar com movimentação o que era difícil pois ao olhar no relógio percebi que ja era quase meia noite.

— Pedro. — Parei de andar ao ouvir aquela voz novamente. — Que bom que te achei. — Calculei seus passos e sua distância, quando vi que estava perto virei rapidamente preparando para dar um soco mais fui surpreendido com ele segurando minha mão. — Continua o mesmo fraco de sempre amigo. — Risos, puxei meu braço e tentei acertar diversos golpes mais ele conseguia bloquear todos, com uma velocidade esplêndida ele me empurrou e chutou atrás de meus joelhos me fazendo cair com os mesmos no chão e em seguida segurou em meus cabelos e puxou me fazendo o olhar. — Sabe que sua força é inútil para mim.

Ele psicopata, ela suicidaWhere stories live. Discover now