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Pedro

Já estava ficando sem graça, por onde eu passava as pessoas me olhavam espantadas ou com qualquer outro sentimento parecido, Luara estava quieta e acredito ter percebido o mesmo.
Entramos na sala e fomos para nossos devidos lugares, era aula de Química.

— Bem alunos hoje nossa aula vai ser em dupla, e eu vo escolher — os alunos olharam com decepção, ela começou a mudar todos e olhou para o lado onde eu estava sentado. — Você loirinha ai no fundo, vai sentar com Victória. — Senti seus movimentos, acredito que tenha obedecido. — Você aluno novo. — Me olhou. — Se sente com Bárbara. — Revirei os olhos e bufei, olhei para ela que estava sorrindo e vindo na minha direção, ela pegou uma carteira vazia ao lado e se sentou comigo.

— Oi Pedro. — Sua voz era melosa, e fazia de tudo para chamar atenção. Suas roupas eram extravagantes de mais, calça agarrada, uma regada com um super decote deixando quase a mostra seus seios fartos. Ela mordia os labios e piscava, continuei com a mesma expressão esperando ela parar o que não aconteceu.

Olhei na página do livro os exercicios, fui ate o caderno dela e ranquei uma folha que a mesma não reagiu. Comecei a fazer a tarefa que foi facil e em menos de 10 minutos ja estava pronta.

— Nossa como você é inteligente! — Sua voz melosa me fez rir imaginando se era assim mesmo ou se ela estava forçando. — Inteligente, sombrio, misterioso. — Ela se aproximou quase encostando nossas bocas. — Eu gosto disso. — Sussurrou.

— Não brinca com fogo, ele pode queimar mais do que imagina, você não me conhece, não sabe do que sou capaz. — Ela riu mais não mudou sua expressão.

— Vou adorar me queimar. — Meu sorriso foi quase sarcástico, meus pensamentos foram ao delírio, imaginando sangue em cada parte de seu corpo.

— Arranje outro brinquedo. — Sorri e fiquei aliviado quando o sinal bateu.

— Não vou desistir de você querido. — piscou e se levantou.

— Eu sei que não. — Ela pegou suas coisas e caminhou ate seu lugar e guardou, em seguida sumiu nos corredores.

Olhei para Luara que parecia feliz ao conversar com sua parceira, ao menos alguem estava feliz entre nós.
Meu celular tocou e eu atendi.

Ligação

— Alô? — Perguntei.

Pedro, Pedro, Pedro... Sempre se escondendo, mais no fim sempre te acho não é? — Meu coração gelou, não era possível isso...

— Quem está falando? — Perguntei rápido.

— Não se lembra de mim brother? Sou aquele que você traiu!

Ele psicopata, ela suicidaWhere stories live. Discover now