Amor pra Recomeçar (COMPLETO)

Capítulo 5

Esse é meu primeiro livro,confesso que estou morrendo de medo e ansiosa. Espero que vocês gostem tanto quanto eu! Que Miguel e Helena toquem o coraçãozinho de todas como tocou o meu.Aceito críticas, portanto, me ajudem a melhorar! Por favor, não sejam invisíveis,quero estrelinhas e comentários! *-* Beijo no coração! 

Que lugar era aquele? Que quarto era aquele? Nossa! E veio tudo num flash, cada lembrança da noite anterior. Mas uma coisa não se encaixava, aquele não parecia um quarto de hóspedes. Olhei para o meu lado, mas ele não estava, creio que atendeu ao pedido de ficar ali só até eu dormir. Minha ultima fala bombardeava minha cabeça. Eu nunca tinha dito aquilo antes. A porta de abriu e o meu amigo entrou com uma bandeja de café.

- Já ia te acordar moça, consegui dia de folga para nós dois, mas para aproveitarmos e não para você dormir! - que horas eram? Procurei um relógio que me indicou uma e quinze da tarde. Como eu dormi tanto? 

- Miguel que vergonha. Me perdoa. Eu...

- Perdoar pelo que? Não te deixaria ir embora ontem por nada. Foi bom acordar com você nos meus braços hoje, te trazer café na cama! - acordar? Ele havia dormido ali? 

- Dormimos juntos? E esse não parece um quarto de hóspedes! 

- Esse é o meu quarto e aqui seria mais aconchegante para você. Somos amigos, não sou gay, mas consegui não te tocar, dizer que não olhei cada curva seria sacanagem, mas não te toquei! - ele havia tirado o primeiro riso do meu dia. Como éramos bons amigos sabia que não havia maldade naquelas palavras. Culpa. Minha culpa. Foi por minha causa. Droga sai da minha mente!

- Miguel, temos o assunto de ontem ainda. Eu preciso terminar. Preciso dizer. 

- Tem certeza Helena? Podemos passear se quiser. Relaxar a cabeça. - eu não adiaria mais aquilo. Eu precisava daquele momento.

- Quando acordamos eu quis que ele fosse para a cidade vizinha, que era onde eu fazia estágio na época levar documentos de uma paciente que eu acidentalmente trouxe para casa. Ele disse que iria a tarde, porém, já tinham me ligado solicitando os papéis, pois ela teria alta e sem os malditos documentos não podia deixar o hospital. Então eu pedi que ele fosse àquela hora, eu tinha que terminar alguns trabalhos e estava atrasada então aproveitaria o tempo. Ele me olhou fundo e perguntou se eu tinha certeza que queria que ele fosse. Ele sabia. Eu tinha certeza que ele estava sentindo. Eu pulei no seu colo e disse que o recompensaria a noite, ele sorriu e disse que me amava e que eu havia sido a luz no caminho de trevas dele. - lembrar já não era fácil, falar parecia impossível - depois disso retomei meus trabalhos, enquanto ele se arrumava para sair, já pronto, foi até mim me deu um beijo, não de tchau, mas de adeus. Eu ainda sorri e brinquei com ele, disse para vir direto para minha casa quando voltasse que eu queria outro beijo daquele. Então ele me deu outro e disse "vai que você fica com vontade, eu te amo vida". O tempo necessário para que ele entregasse os documentos era de uma hora no máximo, já faziam duas que ele tinha saído. Eu estava começando a me preocupar então meu telefone tocou, e meu mundo acabou.

- Helena, eu imagino que ele te amou muito e você também, mas é injusto com você mesma dizer que você é culpada. Tinha que acontecer e aconteceria de qualquer forma, olha nos meus olhos, ele não te queria assim, onde quer que esteja ele não está feliz com você assim! Não era assim que ele sonhava seu futuro. Eu aposto! - mas eu chorava compulsivamente. Como todas as vezes que pensava nele. 

-Miguel a culpa foi toda minha. Eu não podia ter sido tão desatenta a ponto de pegar a pasta de um paciente ao invés das com as minhas anotações. Eu estava assustada, pois era a primeira vez que eu presenciava a morte de alguém e naquele dia um homem que eu estava acompanhando como estagiária havia morrido. Mas não justifica meu erro. E como se não bastasse eu pedi para ele ir. Ele não queria e eu insisti. Fui eu. Eu fui desligada. Foi por minha causa. - e mais uma vez eu estava em prantos. Notei que Miguel por um segundo foi para longe dali, como se lembrasse de algo.