Eu pensei tanto que acabei cochilando. O que eu imaginei terem sido algumas horas, foram apenas alguns minutos. Nina já tinha rolado do aconchego dos meus bracos para o canto da cama de novo e eu decidi me levantar, já que não conseguiria dormir de novo. Cobri minha filha e me pus para fora da cama.

Fui para a cozinha e decidi fazer um café. Depois de pronto, peguei um pedaço de bolo e fiquei olhando o céu e os poucos raios de sol de um fim de verão, que começavam a aparecer timidamente.

- Ei filha! - Só percebi que tinha cochilado no sofá, quando minha tia me acordou. - Você dormiu aqui? - Eu me sentei e me espreguicei.

- Não tia. Só cochilei. Não dormi a noite e fiquei perambulando por ai. É... Eu fiz café... - Ela sorriu.

- Eu sei. Já tomei e estou indo ao mercado agora cedo comprar algumas coisas.

- Que horas são?

- Quase 8h da manhã.

- Nossa, então eu cochilei bem. - Eu disse meio confusa e ela deu um sorriso.

- Eu vou indo. Se cuida! - Ela me deu um beijo na testa e saiu.

Nina ainda estava dormindo, minha tia com certeza demoraria no mercado porque sempre encontrava as comadres dela por lá e eu resolvi ligar para Arielle. Ela me faria companhia eu ainda poderia desabafar com ela. Talvez me desse uma luz... Ou não.

- Dakota Johnson, você sabe que horas são? - Ela disse quando atendeu o celular na segunda chamada.

- Quase 8h da manhã. Por quê?

- E isso são horas de ligar pra uma pessoa em pleno sábado? - Eu tive que rir.

- Para de drama Arielle. Eu sei que você já esta acordada a tempos porque não pode deixar de lado sua corridinha matinal.

- Claro amiga. Preciso manter o corpinho. E você, caiu da cama?

- Eu nem dormi, pra falar a verdade.

- Ih, vi que tem coisa ai...

- Vem aqui pra casa e toma café comigo.

- OK. Daqui a pouquinho eu chego ai.

- Aproveita e traz umas bombas de chocolate maravilhosas pra gente. - Ela riu.

- Sim senhora. Beijo! - Ela desligou.

Mais ou menos vinte minutos depois, a campainha tocou.

- Ei amiga! - Nós nos abraçamos e ela balançou o pacote com as bombas de chocolate me fazendo sorrir feito criança.

Eu servi café para ela e nos sentamos para colocar os assuntos em dia.

- Vai, desembucha. - Ela atirou.

- Sobre o que?

- Você não passou a noite em claro atoa, Dak. Pode ir contando... - Eu suspirei.

- Bem, eu sai ontem e...

- Pera ai, você o que? - Ela disse meio indignada.

- Eu sai ontem. - Eu disse baixinho, quase envergonhada, percebendo que ela ficaria chateada. Arielle já tinha tentado me tirar de casa milhões de vezes e eu nunca quis.

Learning to love again.Where stories live. Discover now