O celular escondido dentro do travesseiro vibra, já era noite e todos estavam dormindo, pego o celular que havia conseguido aqui dentro e leio a mensagem de Jonas.

Tudo certo.

Ótimo, meus dias na cadeia estavam contatos.

                        🍎🍎🍎

Dois meses depois eu me encontrava de frente para a juíza e ela declarava minha liberdade. Olho para a mãe de Mirela que estava me encarando e a vejo mover os lábios e dizer um "Desculpa" sem som e em seguida começa a chorar.  Ela passou anos acreditando que eu havia matado sua filha por ciúmes, assim como todos os outros. Acreditavam  que eu havia matado minha ex-namorada e Santiago porque achava que eles estavam se envolvendo por minhas costas, mas a verdade veio a tona, graças ao maldito vídeo que recebi de meu pai, por causa do maldito vídeo minha liberdade era declarada.

Mas a verdade é que eu matei sim, Mirela, a matei no momento em que a vi na sala de aula e fiquei fascinado por seus cabelos loiros e sua beleza, a matei quando me envolve com ela. Eu sou o culpado e poderia mofa na cadeia, mas eu não posso, porque fiz uma promessa a mulher, e eu pretendo cumprir. Eu iria volta, por ela.

— Ele vai tentar me mata. — Fernando levanta de sua cadeira no tribunal. Franzo o cenho.

— O réu tentou lhe matar nesses dois anos que foi seu aprendiz? — ele não diz nada. — Foi o que eu pensei, podem ir agora.

Jonas pula ao meu lado quando começo a sair.

— Conseguimos caralho!

Sim, conseguimos. Pedi para Jonas, meu amigo desde do tempo da faculdade, procurar o pen drive que haviam me mandando de Mirela, e procurar meu papel de matrícula na faculdade. Juntando isso tudo, pedi para Jonas junta provas de defesas para mim. Que eu fui consumido pelo ódio e a sede de vingança, e que eu não matei realmente Santiago. Só estava no local errado e na hora errada. É claro que omiti algumas partes. Mas Jonas era um ótimo advogado, conseguiu burlar alguns fatos. Demoramos mas conseguimos. A juíza me declarou livre depois de mostramos o vídeo.

— Alex?

— Ele fez alguma coisa. — passo pela porta.

— Quem? — ele tentar acompanhar meus passos. — Espere, com Eva?

— Sim, eu disse que o mataria se algo acontecesse com Eva.

— Porra.

— Preciso de seu carro.

— Para quê?

— Vou atrás dela.

— Espero que essa mulher vale a pena.

— Ela vale.

                           🍎🍎🍎

— Como assim foi embora? — pergunto já com raiva. Isso deve ter dedo de Fernando no meio. Mas isso não importa no momento, eu precisava achá-la e mostra que eu voltei.

Passei quatro horas na estrada, para quando chegar no maldito convento descobre que Eva havia ido embora há dois meses.

— E não sabe para onde ela foi?

— Não. — Madre responde me olhando estranho.

— E porquê diabos ela foi embora? — passo a mão pelos cabelo exausto.

— Rapaz! — Madre me adverte.

— Ela foi por algum motivo, e você tem que me dizer. — a irmã parece pensativa. Ela ergue a cabeça e me avalia. Eu não estava usando aquela roupa ridículas. Voltei a usar minha jaqueta de couro que eu tanto gostava e jens preto, minha blusa azul escuro era a única cor em toda minha roupa.

Convento Where stories live. Discover now