V

22.4K 1.8K 563
                                    

O corpo poderia criar vida própria.

Descubro isso quando puxo Alex ainda mais entre minhas pernas. Ele ainda estava vestido da cintura para baixo, sua camisa já havia saído, assim como meu vestido de dormir. Me encontrava só de calcinha, onde antes estava meu sutiã, Alex estava com a boca sugando meus seios. Ele segurava meus braços para cima do corpo, enquanto isso eu me contorcia em baixo dele.

Acabamos indo para o chão, doía quando eu levantava minha cabeça para olhar melhor ele, e quando abaixava, acabava tacando minha cabeça, mas ignorei o lateja na minha cabeça pensando apenas em como queria aliviar o latejar entre minhas pernas. Eu ofegava e fazia movimentos desconhecidos por mim.

Alex soltar meus braços, mas continuo com eles para cima como se fossem de chumbo. Ele bota a mão em minha boca e levanto a cabeça novamente para olhar o que ele faria quando sinto a mão dele entrando em minha calcinha e fazendo massagem onde estava latejando. Minha cabeça vai para trás e gemo, felizmente a mão de Alex estava abafando minha boca.

Oh. Meu. Deus!

Aperto minhas pernas em voltar da mão de Alex e suspiro aliviada quando o latejar entre elas diminuí, mas não é o suficiente.

Eu não estava pensando nas consequências, de jeito nenhum. Solto outro gemido abafado quando Alex penetra um dedo em minha carne sensível, ele voltar me beijar com urgência, nossos dentes bate quando nossas línguas começam a fazer a dança delas. Meus pensamentos estavam a mil, os dedos de Alex me massageando a boca dele me dominando e ainda tinha a vozinha: Faça isso parar, Eva. Mas eu não queria fazer isso parar.

— Alex… — arqueio as costas e sinto algo vindo, mas eu não faço ideia do que seja.

Alex retira a mão e tira minha calcinha com urgência. Agora eu estava completamente nua. Nunca tive tempo de sentir vergonha de minha nudez, pois meu foco ficou no que havia entre as pernas de Alex. Parecia uma cobra, mas não era uma. Eu já havia visto um pênis antes, em estátuas e imagens. Mas nos desenhos eles eram pequenos e isso que ele está posicionando entre minhas pernas não chegava nem um pouco perto de ser pequeno, o dele era enorme, e se, se… agarro o ombro de Alex e gravo as unhas fazendo ele penetrar mais. No começo estava bom, mas ele foi penetrando e a ardência veio. E como doía! Eu estava respirando com dificuldade enquanto a dor persistia, então ele para. Abro os olhos e Alex está me encarando, percebo que estou chorando quando ele enxuga minhas lágrimas. Algo passar pelo rosto dele, uma coisa que nunca pensei que fosse ver. Arrependimento.

— O que eu estou fazendo… — ele passa a mão pelo meu rosto suado e molhado pelas lágrimas. — Eu estraguei seu futuro. — olho para ele sem entender nada. Então o antigo Alex volta e coloca um sorriso diabólico no rosto. — Mas agora que comecei, terminarei.

E ele terminou de tirar minha virgindade.

Estava deitada de lado no chão da biblioteca, meus cabelos uma bagunça tal como meus pensamentos. Nós dois estávamos nus, eu sentia a coxa de Alex encostada na minha. Fecho os olhos e vejo o meu futuro, eu sendo expulsa do convento por ter feito isso, meus pais me negando pela vergonha que eles passarão, eu morando na rua com vergonha de mim mesma por ter entregado o meu corpo a esse homem que desde do começo só queria uma coisa comigo. Soluço e me sento tentando de algum modo cobre minha nudez, seguros meus ombros e choro. Choro pela burrice que fiz, choro por tudo que eu passarei daqui pra frente. Escuto Alex se vestindo mas não levanto a cabeça, continuo com ela abaixada. Tanta vergonha. Ele deixar minhas roupas perto de mim, em seguida sai da biblioteca, e eu desabo.

                            🍎🍎🍎

A mancha de sangue que estava no chão foi fácil de tira, agora as imagens do quê eu havia feito naquela biblioteca não. A palavra usada não parava de se repetir em minha mente. Ele só me uso para a própria satisfação, ele não se importava se minha vida iria a ruína graças a ele, eu fui a tola da história e os tolos sempre se ferram.

Enquanto banho, encontro manchas avermelhadas em meus seios, esfrego tentando tirar o cheiro dele de mim, e o resultado foi minha pele ficando vermelha. Vejo as horas. Marcava três e trinta e três da manhã, daqui a duas horas meu mundo desaba de vez.

(…)

Eu não dormi nada, passei a noite chorando, e quando o relógio tocou avisando o horário para me levantar, eu não levantei. Me sentia doente, mas não estava doente. Continuei na cama chorando e outras vezes quase dormindo. Acordava desejando muito que tudo aquilo fosse um sonho, mas a dor entre minhas pernas indicava que não, não tinha sido um sonho. Por volta das nove horas da manhã, Madre superior veio me ver, e como eu não havia trancando a porta noite passada, ela entrou sem eu precisa me levantar.

— Por que não apareceu na… Eva? — ela me olha, preocupada. Senta na cama perto de mim, me sento também, minhas mãos estão tremendo

— I-irmã, des...desculpa. — abraço minhas pernas.

— O que aconteceu, minha menina? — abaixo minha cabeça, a humilhação me corroendo.

— E-eu, eu ... — soluço.

— Já está melhor ,Eva? — nós duas olhamos para porta. O causador da minha desgraça.

Ele veio rir de mim. Me afasto do toque da irmã Berlinda e olho com ódio para Alexandre.

— Como assim melhor? — Madre perguntar para Alexandre, em seguida olhar para mim. Escondo meu rosto chorando ainda mais.

— Eva havia me contado que estava com saudades de casa, e sem querer soltou que também estava chorando enquanto dormia. — ele dizia como se fossemos amigos de longa data. Tenho vontade de bufar, mas o choro não deixa.

— É verdade, Eva? — continuo chorando. — Oh minha querida. Ligarei  para seus pais virem vê-la nesse final de semana, tudo bem? — minha resposta foi um soluço. Esse bastardo estava mentindo para a irmã e eu nem sequer conseguia desmentir. — Não fique assim, isso vai passar — ela beija a minha cabeça.

— Posso falar com ela um minuto, Madre?

— É claro — levanto a cabeça para pedir que a irmã não permitisse isso, mas ela já havia saído. Alex está olhando para a porta, então ele me olha e em seguida fecha a porta.

— S-sai daqui! — pego meu travesseiro e abraço ele.

— Não vou deixar você sair do convento.

— Isso tudo é culpa sua! Você é pior do que o diabo! Você me usou, minha vida estava bem sem você! — fico em silêncio por um momento — Por que eu? Eu não fiz nada pra você, e você fez minha vida vira um desastre!

— Em momento algum eu escutei você pedindo para eu parar — choro mais ainda porque era verdade.

— Sai daqui. — sussurro.

— Você vai continuar no convento.

— Eu não posso, eu não sou mais… me desculpe, meu Deus! — tiro a aliança de compromisso que as freiras usavam mostrando seu amor só a Deus. Eu não era digna dela.

— Me escuta, eu não vou contar para ninguém o que aconteceu naquela biblioteca, e nem você. Você não vai se confessar com Fernando, se quiser se confessar, fale comigo.

— Por que? — ele me olhar sem entender. — Está arrependido do que fez comigo?

— Eu não me arrependo. Só não quero você longe. — bufo, o que pareceu mais com uma baleia espirrando água. — Vou trazer seu café.

E sai me deixando sozinha com meus pensamentos e lágrimas.

Convento Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt