VII

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— Dá pra parar de reclamar? — ofego, segurando uma pilha de livros.

— Dá pra fazer seu trabalho direito? — ele rebate.

Era quase meia noite e ainda estávamos limpando a biblioteca. Alex não fez nenhuma piadinha ou tentou algo comigo, na verdade ele só brigava. Brigou porque eu não estava jogando água direito no chão, brigou porque eu não sabia passar pano, brigou porque eu estava sujando o lado dele e brigou porque eu demorei pra buscar os panos. Cogitei nessas últimas horas em quebrar o cabo de vassoura na cabeça dele.

— Onde coloco os livros?

— Em cima da mesa ou quer deixar no chão molhado?

E que tal eu joga eles na sua cara?

— Eu deveria tá puxando a água. — ele para e me olha.

Devo admitir que ele estava bastante, como posso dizer, bem de vista. Alex enrolou a calça social até o meio da canela e abriu os primeiros botões da camisa social, enrolou as mangas deixando suas tatuagens a vista, e uma me chamou atenção, o nome Mirela tatuado em seu pulso. É claro que eu perguntei quem era ela, e recebi um "Não é da sua conta, faça seu serviço" em resposta.

— Você não acerta nem mesmo puxar a água — o olho ofendida. Eu tive que tirar o meu hábito, prender meus cabelos, em um coque bastante mal feito por sinal e ainda tive que levantar meu vestido pra não molhar a bainha, e ele ainda tem coragem de dizer que não sei puxar água?! — Ofendida?

— É claro! Eu só tô aqui por sua causa e ainda joga na minha cara a todo minuto que não sei fazer nada. Já que você é bem melhor do que eu, porque me chamou então?

— Eu não chamei, eu obriguei você a vir.

Coloco os livros com raiva em cima da mesa e quase escorrego.

— Merda!

— Olha a boca, irmã.

Fiz uma coisa que nunca pensei que fosse fazer, levantei meu dedo do meio para ele, que é claro começou a rir. Já cansada disso, pego meu hábito e minhas sapatilhas e vou em direção a porta.

— Vai aonde?

— Banhar? Dormir? Não sei bem qual dos dois vou fazer primeiro. Boa noite, Alex.

— Boa noite, Eva — paro — Que foi?

— Nenhuma piadinha?

— Não.

— Você tá doente?

— Acho que sim.

— Sério? — assenti. Ele não parecia doente. — O que você está sentindo?

— Vai fazer quarenta e oito horas que estou sem sexo, e minha mão direita já está doendo.

— O que tem sua mão?

— Muita masturbação. — fico sem entender — Você não sabe o que é isso? — nego — Porra! Onde eu fui meter?

— Onde você foi se meter? Foi se meter na minha vida que estava perfeitamen…espera, o que está fazendo? — Alex fecha a porta da biblioteca.

— Vou lhe mostrar. — e vem até mim.

— Não estou a fim de ver.

Ando para trás, não com medo dele, medo de como meu corpo poderia reagir a ele.

— Você não vai ver, você vai fazer. — abro a boca para argumentar mas ele já está me beijando.

Dessa vez tento me afastar empurrando ele, mas é em vão. Alex pressiona mais seu corpo ao meu, não abro a boca e respiro só pelo nariz, no entanto acabo perdendo. Algo passa pela minha cabeça, mas Alex é mais rápido e afasta minhas pernas entre as suas quando eu ia dá um chute tão forte que ele seria incapaz de fazer sexo de novo.

— Tsc, tsc, Eva. — passa a mão em meu rosto e com a outra segura minha cintura. — O que eu vou fazer com você?

— Sumir da minha vida? — ele ri e a vibração de seu corpo passa pelo meu, me fazendo tremer.

Ele retira a mão de meu rosto e me pega de surpresa me levantando, cruzo as pernas em sua cintura para não cair. Me levar até a mesa me sentando em cima dela, começou a inclinar para trás quando o beijo ficar urgente, ele parece querer fundir sua boca na minha. Colocar a mão direita atrás de minha cabeça e com a mão esquerda tira a minha de seu ombro e conduz pela sua barriga. Quando chega no cinto de sua calça, paro de beijar.

— O que você está fazendo? — meu peito subia e descia rápido.

— Relaxa — ele tira a mão de meu cabelo e abre o cinto de sua calça, abaixando o zíper.

Voltar a me beijar me pegando de surpresa, mas estou ciente de sua mão segurando a minha e guiando até sua calça, ele a bota dentro de sua calça e com a própria mão conduz a minha. Involuntariamente aperto seu pau e Alex geme em minha boca, ele não cabe em minha mão e está duro, muito duro. Alexandre se afasta e isso me deixa tonta, ele não podia simplesmente se afastar assim! Ele abaixa a calça junto com a cueca. Como ele tá em pé, eu posso vê-lo melhor. Por isso eu não conseguia andar direito, olha o tamanho disso!

— Me dê sua mão. — levanto minha mão para ele como se estivesse hipnotizada, mas quando ele começar a levá-la até o seu membro duro, trago minha mão de volta.

— O que você vai fazer?

— Só saberá se me der sua mão.

Olho para minha mão e depois para ele. Bem devagar, Alex pegar ela e coloco em seu pau, sua mão cobre a minha e começa a fazer movimento de vai e vem. Quando vinha, seu membro parecia que aumentava.

— Fique fazendo e… — ele solta um gemido quando eu aperto sem querer — Não aperte.

Alex levanta meu vestido até a cintura me puxando para mais perto de seu corpo, sobe a mão por minha coxa, até chegar em minha calcinha coloca a mão dentro.

Continuo fazendo os movimentos de vai e vem em seu pau, e ele faz a mesma coisa com os dedos dentro de minha vagina. Encosto minha testa em seu ombro enquanto ele me toca e eu a ele. Segundos, minutos, talvez horas se passaram quando senti meu corpo se contorcer. Alex segura sua mão em cima da minha e faz os movimentos mais rápido, sua mão ainda me tocando faz a mesma coisa, Alex geme e sinto algo quente em minha mão, não tive tempo de me pergunta o que era pois fogos de artifícios dominaram minha visão. Jogo meu corpo para trás e fico me contorcendo, meu corpo dando pequenas convulsões, e aos poucos a sensação vai aliviando. Depois de um tempo, volto ao planeta terra. Ainda deitada na mesa, levanto minha mão e vejo algo pegajoso.

— O que é isso? — Alex me puxa, fazendo-me sentar.

— Ejaculação, é isso que sai do homem na hora do sexo e é isso o que deixar as mulheres grávida, então Eva, nunca me deixe ejacular dentro de você sem proteção — começo a assentir mas paro.

— Isso não vai acontecer de novo — ele sorri e coloca dois dedos na boca chupando. Os mesmos dedos que estava me tocando. Faço uma careta. — Isso foi nojento.

— Na outra noite não tive tempo de experimentar você, e eu tinha razão, você é doce Eva.

Levo minha mão a boca e chupou meus dedos. O gosto era meio salgado e meio liguento e não tinha nada de doce.

— Isso é salgado. — termino de chupar meus dedos. Não era doce, mas também não era ruim.

— Imagine você no oral.

— Como?

Ele não responde, apenas segura meu rosto e beijar.

Deixamos o resto da biblioteca para limpa ao amanhecer. Dessa vez quando voltei para meu quarto, não chorei.

Convento Where stories live. Discover now