Capítulo 29.

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— Onde está a Gina? — berrou Rony, chacoalhando Harry na cama.

—O que? — murmurou o garoto, ainda sonolento.

—A GINA SUMIU! — gritou o ruivo novamente. — Nós iremos embora hoje e a minha irmã sumiu!

Harry ergueu-se da cama subitamente.

— Como você sabe?

—Não importa como eu sei! A Gina sumiu! — gritou Rony, acordando Simas e Neville.

—Mas...quem? Como...?

—Ninguém a viu desde ontem à noite.

— Mas partiremos hoje. Ela não pode ter sumido de uma hora para a outra! — berrou Harry, pulando da cama.

— Eu sei! Harry, pelas Barbas de Merlin. Eu preciso encontrar minha irmã.

— Por acaso você já avisou o Dumbledore? Ou a McGonogall?

— Não...eu...

— O que está esperando, Ronald?

O ruivo sacudiu a cabeça, correndo para fora do dormitório ainda de pijamas.

Harry abriu o baú ao lado de sua cama, pegando o Mapa do Maroto, que se encontrava embolado no tecido pesado da Capa da Invisibilidade.

—Eu juro solenemente não fazer nada de bom.—sussurrou o garoto, de forma que os outros não ouvissem.

As pegadas e os nomes surgiram no pergaminho velho, indicando os alunos de Hogwarts em seus respectivos dormitórios, exceto por três figuras completamente suspeitas perambulando pelos corredores.

Uma delas era Rony, que corria para o Gabinete de Dumbledore—que se encontrava em sua respectiva sala. A segunda figura era Filtch, que provavelmente fazia uma patrulha, torcendo para que algum aluno estivesse muito encrencado.

E, a terceira, e unicamente suspeita era Lillian Potter—era tão estranho ler aquilo. Que andava na direção das masmorras, e — consequentemente—na direção do dormitório da Sonserina.

Porém, no mesmo, antes da chegada de Lillian, uma pessoa que não pertencia a casa estava no dormitório: Gina Weasley.

A garota encontrava-se em um canto da sala, completamente parada. Ela estava cercada por Malfoy e Theodore. Aquilo, obviamente, não era um bom sinal.

+++

Malditos.

Será que Lillian nunca poderia confiar naqueles dois?

Obviamente não.

O pior era o fato de estar completamente cega em relação a tudo que Draco Malfoy fazia. Cega, bêbada, louca.

Se apaixonar por um Malfoy! Que ideia genial!

Doía. No fundo da sua alma, ter que odia-lo e ama-lo mutuamente.

Sua cabeça girava, e ela quase não conseguiu lembrar a senha da Sonserina, quando chegou na frente daquele aterrorizante amontoado de crânios.

—Sangue Puro.—murmurou a garota, segurando a varinha com força e ódio. Os nós dos dedos chegavam a embranquecer.

Na Sala Comunal, estavam Draco e Theodore, juntamente com uma Gina hipnotizada, parada e alheia aquilo tudo.

Lillian parecia ter chegado em uma boa hora, pois havia interrompido uma discussão calorosa os dois.

—Você! —berrou a ruiva.—Nunca irá aprender, não é? Seu idiota!

Draco estava literalmente contra a parede, enquanto a garota se virava para o irmão adotivo, que sorria ironicamente.

—Eu não consigo decidir quem é pior. —gritou ela, apontando a varinha para o Lufano.

—Lily, eu...

—Cale a boca, Malfoy!—gritou ela, interrompendo o garoto.

Theodore começou a mover-se sorrateiramente, mas Lillian foi mais rápida, e lançou-lhe um feitiço silencioso, fazendo o garoto ficar petrificado.

—Lillian...eu...

—Calado!—berrou ela, virando-se para Gina. —Eu estou cansada de perdoar suas burrices. O tempo todo. Porque, Draco?

—Lillian, eu não estava...

A ruiva apontou a varinha para ele, fazendo-o se calar.

—Apenas pare, e me ouça. Eu estou tão cansada de você ser...

—Lillian, a...

—...tão volúvel! A porcaria do Theodore consegue mesmo te influenciar tanto?

—Lily! Gina...maldição Imperius.

Antes de ao menos conseguir se virar, Lillian sentiu uma dor fina atravessar suas costelas, rompendo sua pele, e a deixando com o ar rarefeito.

A garota desabou no chão, sendo rapidamente amparada por Malfoy, que retirou a adaga cravada nas costas da ruiva.

—Lily! Lily! Fale comigo, está tudo bem...tudo bem...eu tenho que chamar...

—Não.—disse a garota, quase sem ar, fazendo caretas de dor. — Eu tenho...

Uma crise de tosse a interrompeu, fazendo um fio de sangue irromper dos lábios da garota.

—Eu...te odeio, Malfoy.—disse ela, com os olhos lacrimejando.—Eu te amo...eu. Eu não sei.

O garoto grudou os lábios dela nos seus, por alguns segundos, até a garota afastá-lo e tossir mais um pouco.

Malfoy segurou as pernas dela, ainda com as mãos onde ocorrera o ferimento, tentando estancar o sangue.

O garpto correu para fora da Sala Comunal, com a garota trêmula em seus braços. No meio do corredor, esbarrou com Harry, Dumbledore, Minerva e Ronald, que corriam na direção oposta.

A Enfermaria era muito longe, e, talvez, apenas talvez, o tempo fosse muito curto, e as mãos de Draco cobertas de sangue fossem em vão.

Talvez, no fim, entendessem tudo errado.

+++

—Gina.—berrou Harry, depois de ver Draco correndo com Lillian nos braços.

O garoto correu até a Sala Comunal da Sonserina, torcendo para que a garota estivesse bem.

Porém, "bem", não era a melhor descrição para Gina naquele momento.

A garota estava jogada no chão, com as mãos apoiadas na cabeça, estas, cheias de sangue.

A garpta gritava e gemia, contorcendo-se no chão.

Ao ver Harry, os olhos dela se iluminaram com um pequeno lapso de luz, logo sendo encobertos pela falta de sanidade novamente.

Um objeto estranho reluzia em seu dedo, um anel, com uma pedra negra e um "S" cravados em si.

Harry se aproximou, para tentar retirá-lo, mas a ruiva o empurrou com brutalidade, arranhando a bochecha dele.

—Harry!—berrou ela em súplica, porém mudando o tom de voz subitamente.

Um fiapo de sangue desceu do arranhão na face do garoto, enquanto Gina gritava coisas incompreensíveis. Harry pegou uma varinha, jogada no chão e berrpu um feitiço, tentando atrair o anel para si. O anel escapou do anelar da garota por pouco, e ficou girando loucamente no chão.

Gina encolheu-se no chão, completamente fraca, com as mãos na cabeça dolorida e sentindo o local onde o anel estava arder.

—Theodore.—sussurrou ela.—Voldemort.

E, em seguida, desmaiou.





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