Capítulo 22.

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O seu coração batia fortemente. Seu sangue latejava.

Aquilo não poderia estar de fato acontecendo. Aquilo não era para estar acontecido. Seu corpo tremia totalmente, e as lágrimas escorriam como uma fonte. Despejando tudo o que sentia pelos olhos.

A dor, a intensidade de seus sentimentos. TUDO.

Ele não poderia ter feito aquilo, agora ela estava em um local perfeitamente desconhecido, havia praticamente sido jogada naquele local que ela suponha ser um porão velho. O chão estava sujo, e o local era totalmente assustador.

Mas aquilo eram apenas consequências de ter confiado, em um Malfoy. Seus membros inertes, seus soluços sufocantes...apenas as consequências mais cruéis de ter mantido aquilo em segredo.

A única pessoa que sabia daquilo era...Harry! Talvez se sua varinha ainda estivesse consigo. Lillian apalpou seus bolsos, nada fora encontrado.

Enfim, a ruiva ergueu-se – o máximo permitido pelo teto baixo – e, engatinhou, a procura de um alçapão, ou qualquer coisa que pudesse escapar. O pequeno alçapão estava fechado, e o máximo que havia era uma janela com grades grossas. Por ali, ela pode ver um quarto grande, com móveis escuros, em tonalidades levemente esverdeadas. Na parede, um pôster da Sonserina.

Uma pontada atingiu o peito da garota, e as lágrimas começaram a escorrer intensamente, mais uma vez.

Lillian começou a gritar, de dor, raiva, ódio...o que quer que fosse.

+++

Gina estava andando pelos corredores distraída, coisa que vinha fazendo muito. Hermione agora vivia a queixar-se de Rony. Harry, bem, já havia uma semana que ela não ouvia falar dele, bem, exceto o fato da Grifinória ter perdido feio, sem ela.

Se ela fosse readmitida no time, seria uma vitória para ela e para a Grifinória.

Ou talvez fosse só aquele orgulho que transbordava constantemente.

G

ina foi até a Sala Comunal da Grifinória, e se sentou em uma das poltronas, perfeitamente entediada.

A ruiva jogou os cabelos ppr cima do ombro, deixando o fogo aquecer sua face, era fim de Inverno, logo a Primavera chegaria, mas nada indicava uma mudança climática.

A garota esfregou a palma da mão uma contra a outra, aquecendo-se.

Logo, o quadro da Mulher Gorda se abriu e vozes familiares foram ouvidas.

–Tem certeza que é uma boa ideia deixar a Weasley fora do time?–disse uma artilheira da Grifinória.

–Juro que se mais alguém da Sonserina me vaiar nos corredores ela não vai ser a única a receber uma detenção.–disse um dos batedores do time.

–Além disso, Harry, Quadribol e sua vida pessoal com a Gina não tem nada a ver.–disse Hermione, acompanhando o grupo suado com o uniforme de Quadribol. Foram ouvidos vários murmurios em concordância.

–Tá...eu, vou ver o que posso fazer.–resmungou Harry.

–Ei! Você é o capitão...simplesmente coloque ela no time e tire logo a Megan!

–E de preferência antes do próximo jogo.

+++

–Gina?–disse Harry, retirando a atenção de Gina de um garpto da Corvinal que a flertava descaradamente.

–Hum?!

–Eu quero que você volte para o time...

–Okay.–disse a garota, dando ombros.

Mas, terei que fazer outros testes com você. Já que passou um tempo...fora de forma.

A ruiva franziu a testa. O que ele queria dizer com "fora de forma"?

–Pode me encontrar hoje, às seis e meia, no campo de quadribol?–questionou Harry, ignorando a expressão da garota.

–Er...bem, claro.–disse ela, coçando a nuca de leve.

–Ótimo...

+++

Gina estava esperando Harry no gramado, já com seu uniforme de Quadribol, terminando de colocar as tornozeleiras.

Harry chegou com a tão conhecida caixa com as bolas de Quadribol.

O garoto fez Gina agarrar alguns lançamentos, e depois a fez tentar fazer gols. Pode-se concluir que Harry era um péssimo goleiro.

Por fim, Harry a obrigou a fazer várias sessões de abdominais e flexões, que a deixaram exausta.

–Tá...para que é tudo isso?–perguntou Gina, ofegante, se sentando na arquibancada.

–Uma artilheira precisa de resistência física.

–Acho que já provei minha resistência física o suficiente por hoje capitão. –brincou ela, sorrindo.

–Na verdade, só há mais um exercício de resistência, Weasley.

–Qual?

–Resistência psicológica. –e, com estas palavras, pressionou seus lábios contra os da garota.

Gina resistiu por um tempo, mas logo o toque suave do garoto a venceu, fazendo-a entregar-se ao beijo.

O peito da ruiva batia com força, e aquilo era bom. Gina passou os braços pelo pescoço do moreno, e aproximou seu rosto do dele, aprofundando o beijo.

Assim que se soltaram, ofegantes, porém sorridentes, uma voz desesperada invadou seus ouvidos:

–Potter! Preciso da sua ajuda. Porra! –gritou, Draco Malfoy correndo pelo gramado.–POTTER! Eu fiz uma merda! Ei fui egoísta! E agora preciso da sua ajuda...quer dizer, a Lillian precisa de sua ajuda...

O sorriso de Harry desapareceu, adiquirindo uma expressão frígida, até o Sonserino começar a se explicar.

Kiss me [Hinny]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora