Capítulo 29 - O sacrificio. (Hayley e Ravi)

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- Hayley estava certa. Você não é como eles.

- Não sou como quem? - perguntei, com raiva daquele sorriso patético que ele ostentava desde sempre.

- Me permita dizer que eu desaprovo completamente o que eles fizeram. Aliás...eu detesto o que eles fizeram. - respirou fundo. - Perdemos muito tempo com você, principezinho. - sorriu, me fazendo ter uma vontade imensa de soca-lo.

- Do que diabos você está falando? - perguntei, raivoso, o que o fez sorrir mais.

- Por Salen, como você é cabeça quente! - exclamou, gesticulando. - Se acalme, eu vou te contar o que quiser saber.

- O que eu quiser saber? Por que eu iria querer perguntar alguma coisa a um bruxo? - perguntei, sentindo meu sangue ferver. Odiava bruxos com todas as minhas forças. Afinal, eles tinham acabado com a minha vida...

Aliás...talvez tivesse uma coisa que eu talvez quisesse saber...

- Acredito que você pode me responder uma coisa. - corrigi minha primeira frase, tomando cuidado com o meu tom.

- Com o que precisar, príncipe.

- Se você me chamar assim mais uma vez eu juro que vou quebrar cada um de seus dentes tortos. - não medi minhas palavras. Ser chamado de príncipe por quem sabia que eu não era um era demais para mim.

- Relaxe, Ravi. - levantou os braços, como se estivesse se rendendo. - Se eu perder meus dentes temo que não consiga responder a sua pergunta.

- Tenho certeza que não conseguiria. - disse, fazendo questão de exaltar minha raiva.

- Não precisamos chegar a esse ponto. Certo? - ele ainda sorria. Diabos!

- Depende de você.

- Vou me comportar.

- Sei que vai. - percebi seu sorriso aumentar.

- Podemos ir ao que importa? - parecia muito à vontade com a conversa. - No que posso ajudá-lo, Ravi? - a vontade e quase ansioso pra responder minha pergunta. Não entendi o porquê de cara.

- Acredito que você possa me esclarecer uma coisa. - fiz uma pausa pra encará-lo bem a fundo. - E devo adiantar que se eu descobrir que o que você diz é mentira, eu te mato.

- Justo. - foi só o que ele disse, então eu respirei fundo, me concentrando no que deveria perguntar.

- O que você sabe sobre a minha família? - fui cuidadoso com minhas palavras. Me lembrar do que eu lembrava era doloroso. Desde que meu cordão havia queimado e eu tinha finalmente me lembrado, sentia como se uma parte de mim tivesse morrido junto com minha mãe e meu irmão. E de certa forma, essa parte havia realmente morrido.

- Vejamos. Eu sei muitas coisas... - fez uma pausa. - ...seja mais específico, não temos muito tempo pra jogar conversa fora.

- Eu quero saber tudo. - fui firme.

- Ok. Se você não se interessa em dormir... - acho que fiz uma careta muito feia, pois ele não fez questão de terminar sua frase. - ...certo. - foi só o que disse, antes de continuar. - Eu sei que fomos todos enganados pelos seguidores de Alberg.

Scaban [Completo]Where stories live. Discover now