— Então foi por isso que você saiu ontem à noite? Nunca tinha lidado com uma virgem? — ele para de comer.

— Não sou bom em consolar, estou acostumada a transar e sair em seguida. O que senti ao ver você chorar não foi bem o que eu esperava.

— E o que você esperava? — ele não responde, apenas continua comendo. E quando termina, levanta. — Espera!

— Se for algo sobre sua urina, desculpa, mas eu realmente não sei — acabo rindo. Merda! Não era para eu ter rido.

— Como padre, o que você aconselharia que eu fizesse depois desses acontecimentos?

Ele ficar um tempo me encarando, quando percebe que estou falando sério, ele ficar pensativo.

— Cento e cinquenta pais nosso, e cento e cinquenta, Ave-Marias.

— Obrigada.

— Você vai rezar mesmo?

— Vou.

Ele balançar a cabeça sorrindo e sai do quarto. Eu me ajoelho no chão e apoio meus cotovelos na cama e começo.

— Pai nosso que estás no céu…

                          🍎🍎🍎

Faço um careta quando me sento ao lado de Meredite no banco.

— Se eu não te conhecesse Eva, eu juraria que você andou fazendo o que Adão e Eva fizeram para fazer seus filhinhos. — faço uma careta de novo. — Mas eu te conheço, pode parar de me olhar assim.

Se ela soubesse o por que de minhas caretas. Agora eu entendo porque freiras eram virgem, bem, a maioria delas.

— Meredite, você… — como perguntar isso a ela sem me entregar. — Você já…

— Bom dia, irmãs.

— Bom dia, padre. — Meredite cumprimenta, já eu me poupo de responder ou até mesmo de olhar para ele.

— Eva, poderíamos conversar um instante? — Foi uma luta sentar. Mas acabo me levantando e ele nos afasta dos ouvidos curiosos de Meredite. — Você tomou o remédio?

— Você me fez levantar pra isso?

— Tomou?

— Tomei.

— O que você ia perguntar pra Meredite?

— Nada que é de sua conta.

— Se envolver o fato de você ter trepado comigo, então sim, é de minha conta.

— Palavreado de baixo calão.

Ele ficar me encarando esperando uma resposta, cruzo os braços mostrando resistência.

— Gosto mais de você quando minha boca ou minhas mãos estão em seu corpo. — ele cumprimenta uma irmã que passar pela gente como se o que ele acabou de dizer não fosse nada demais — E as manchas vermelha  que fiz em seus… — ele desce o olhar para meus os meus seios. Tenho vontade de colocar as mãos sobre eles para impedir que ficassem a vista de seus olhos — Foram de propósito.

— Seu idi…

— Termine, Doce Eva.

— Idiota!

— Minha garota.

— Eu não sou sua garota, e não vou precisar mais olhar nessa sua cara cínica, por que eu vou sair do convento.

— Não, você não vai.

— Tente me impedir.

— Isso é um desafio?

— Leve como quiser.

— Aceito.

O sorriso que ele dá me fez querer retirar tudo o que eu disse. Ele gosta de desafio. Merda, Eva.

— Até mais, Eva.

— Vai para o inferno. — sussurro só para ele escutar.

— Estou indo comprar nossas passagens, doçura.

                             🍎🍎🍎

Duas batidas me tiram de meu sono. Tento ignorar, mas as batidas se repetem, mais altas dessa vez. Abro a porta e não fico surpresa ao vê-lo.

— O que é?

— Estava dormindo?

— Estava, ou não posso mais, padre?

— É claro que pode irmã, mas não agora.

Olho para ele sem entender.

— Falei com Madre Superior e comentei o fato da biblioteca estar cheia de poeira.

— É? Que bom.

— Eu me ofereci para limpar…

— Que gentil.

— … com sua ajuda, e como ela sabe que você adora aquele lugar, achou uma ótima ideia.

— Você não fez isso.

— É claro que fiz. — ele se aproximar com um sorriso — Bem-vinda ao trem, Doce Eva

Convento Where stories live. Discover now