"Os cavaleiros do apocalipse"

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— O que foi?

— Me desculpe, Halley, mas eu não posso. eu não sou quem você pensa que é.

— Mas Ícaro...

Nesse momento a voz de Natan ecoou pelo templo:

— Miguel, há quanto tempo irmão! Já não estava mais te reconhecendo como aquele mortal, vejo que conseguiu impedir meu querido Abaddon! Olha, estou admirado, nunca pensei que você o derrotaria.

A mente de Halley virou de cabeça para baixo e suas mãos gelaram. Ela havia escutado direito? Natan, na verdade Lúcifer, havia chamado Ícaro de Miguel?

— Não me chame de irmão — continuou Ícaro — você perdeu esse título quando ousou me enfrentar nos céus há milhares de éons atrás, e aliás, eu derrotei você, não seria muito difícil derrotá-lo.

— Então — prosseguiu Lúcifer — acredito que terei de derrotar você dessa vez, meu irm... quer dizer, arcanjo Miguel.

— Heilel, como você continua sorrindo mesmo depois de perder o seu lugar nos Céus — Disse Ícaro, e Halley lembrou de quando Ariel falou que Heilel ben-shahar significava estrela da manhã em hebraico, tendo o mesmo significado tanto do nome Lúcifer em latim quanto do nome Phosphorus ou Eosforo em grego — Porque não se entrega a luz novamente?

— Entenda Miguel, eu não tenho mais nada a perder. Meu destino já foi escrito por Yahweh, já sou condenado a sofrer no Inferno no futuro, ou seja, a única coisa que me resta é tomar os Céus e recuperar minha glória. Eu sei que se me entregar a Deus posso ter minha luz restaurada, porém, nunca irei me humilhar e voltar a ser um escravo daquele Tirano só por causa de uma mísera luz, prefiro viver escondido nas trevas, onde sou rei, até porque, como uma vez disse John Milton "É melhor reinar no inferno do que servir no Paraíso".

Azrael, Lúcifer, Abdiel e Abigor desceram de seus cavalos, que sumiram como névoa, e aproximaram-se de Ariel, Ícaro, Halley e Ismael, que deram um passo para trás. Os anjos caídos abriram suas asas e todos puderem ver as quatro asas negras cravejadas de pedras preciosas do rei do submundo, Lúcifer. As incontáveis asas negras de Azrael, o cavaleiro amarelo, a famosa Morte, possuíam pequenos pontos brilhantes como uma noite estrelada. As asas de Abdiel, o cavaleiro negro, eram vermelhas com uma aparência áspera e algumas penas quebradas, dando um tom desigual e assimétrico as seis asas que o demônio-serafim possuía. Já as quatro asas de Abigor eram gigantescas e semelhantes as asas de uma cegonha, pois eram brancas, mas com as pontas negras, simbolizando sua luz que foi consumida pela escuridão.

— Mas Ícaro — disse Halley. — Onde está Muriel?

Miguel abaixou a cabeça e disse:

— Eu tentei, mas ele se perdeu no portal, me desculpe. A culpa foi toda minha, eu segurei somente a mão de Ismael, pois achei que Muriel soubesse se locomover por um espelho mágico, porém eu estava enganado, eu sinto muito.

Ariel correu em direção à Miguel e agarrou-lhe pela camisa dizendo:

— Como?! — Sua voz estava dura e seus olhos vermelhos enquanto uma lágrima escorria e caía de seu rosto. — Eu confiei em você, eu não acredito Miguel, como Deus pode dar o título de Príncipe dos anjos a um ser tão irresponsável como você?! Eu amava Muriel, e agora, ele pode estar em qualquer mundo, em qualquer dimensão, pode até ter sido teletransportado para o próprio nada, ou pior e se ele estiver no Sheol, preso agora?! Tudo culpa sua, seu idiota, eu vou matar você!

— Você não precisa, docinho — disse Lúcifer — pode deixar comigo que eu dou conta.

— Cale a boca, seu imbecil traidor!

A Última Nefilim - Livro I (EM REVISÃO)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora