Capítulo 20

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Por cautela de Emílio, os encontros de Charles com Fumaça, Rolha e Capeta sempre aconteciam à noite, em uma estrada deserta. Por segurança, nada era marcado pelo celular, e sim através de orelhão. Naquele dia, Charles pagaria aos capangas pelo sequestro de Lucas e, como de costume, ele parou o veículo atrás da caminhonete deles, desceu e caminhou até o banco do motorista. Capeta era quem dirigia, Rolha estava no carona e Fumaça no banco de trás.

— Fala, Charles Chaplin — cumprimentou Capeta.

Charles entregou uma maleta para Capeta e disse:

— Aí está o combinado. Agora é só esperar o comando do chefe. Não façam besteira.

Rolha se pronunciou:

— Que besteira, mermão? É nóis, parceiro.

Fumaça indagou:

— Vai ser a mesma parada de sempre?

Charles respondeu em tom de quem queria se livrar logo deles:

— Não sei, já disse. Espere a ordem do chefe.

— Vai ser a mesma merda de sempre, não é, Charles? — investigou Capeta. — Ele sempre pede as mesmas coisas. Esse cara não deve ser muito certo. Como é que pode gostar dessa porra?

Charles, querendo fugir de explicações, cortou o que Capeta dizia:

— Em breve entro em contato com vocês para acabarem o serviço. Só estou aguardando ordens dele.

— Tudo bem, Charles Chaplin — disse Capeta, percebendo que Charles queria ir embora.

Charles voltou para o seu carro, entrou e partiu.

...

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