EPÍLOGO

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Gisele foi condenada a 38 anos de prisão pelo assassinado de Evaldo Borges, dono do Mercado Borges. As imagens do homicídio, encontradas no computador pessoal da vítima, viralizaram na rede, o que tornou a ex-vereadora conhecida em todo o país. Sua carreira política tinha um ponto final.
Seu suplente, Janiro Segrala, do mesmo partido, assumiu a cadeira na câmara de Glésgou. Dono de um restaurante de elite, ele responde a processo criminal por sonegação de impostos.

Henrique foi absolvido dos crimes na ocasião, exceto posse de drogas e assalto a mão armada. Ficou três meses na ala mais tranquila do presídio de Glésgou. Um mês após ser libertado, e em abstinência de drogas, tentou assaltar o Açougue Rica Vitela, cujo dono tinha uma calibre 12 sob o balcão, para emergência. Henrique foi decaptado por um único tiro.

Marcos foi condenado a 27 anos por assalto a mão armada, porte ilegal de armas e sequestro. Foi encontrado morto no banheiro, degolado, com sinais de sodomia forçada. A notícia de que ele havia traçado a namorada de Pedro correu rápido na área mais violenta do presídio.

Algumas passetas em favor de Gisele foram organizadas em Glésgou. Todos os integrantes tinham folha corrida, ou eram parentes de alguém que possuía. Acusaram a polícia de ser mentirosa e fascista, além de chamarem Gisele de heroína injustiçada. A maioria dos protestos fora organizado por Segrala, que, quando sozinho, torcia para que Gisa não tivesse a pena revertida e assim tirasse sua boquinha na câmara.

Otávio, o pai de Gisele, não manifestou-se sobre o ocorrido. Permanecera dando parte dos dividendos à filha apenas por pressão familiar. Já não existia nenhum sentimento por ela, além de decepção e desapontamento.

Pedro, ex-namorado de Gisele, lançou-se pré-candidato à prefeitura de Glésgou. Na última pesquisa, seu nome aparecia com 54% das intenções de voto.

A DefensoraWhere stories live. Discover now