- Pegue as coisas, vamos embora. – Reclama e eu apenas me deito sob a toalha que havíamos estendido na grama do parque, fechando os olhos para sentir melhor os pingos da chuva – Anda, Lauren, nós podemos ficar gripadas. – Resmunga irritada e eu a encaro, me levantando também.

- Relaxe. – A pego no colo e ela solta um grito, o parque estava ficando vazio conforme a chuva ficava mais forte – Você é muito séria, está pior que a minha mãe. – Levo um tapa.

- É o que? – A solto e ela me fuzila com os olhos – Eu não sou séria.

- É sim. – Dou dois passos para trás – Muito chata. – Ela me fuzila com o olhar enquanto seu cabelo ficava cada vez mais encharcado – Tão chata que está me dando sono. – Finjo um bocejo e começo a rir quando ela começa a correr atrás de mim, tentando me bater.

Eu ria alto e ela corria atrás, tentando me pegar de alguma forma. Nós não corríamos muito rápido por diversos motivos, o principal deles era porque a chuva estava fazendo nossas roupas ficarem extremamente grudadas em nosso corpo, dificultando quaisquer movimentos e principalmente a nossa corrida.

Acontece que eu me virei e parei de correr quando vi que Camila estava próxima, assim que ela se aproximou eu abri um largo sorriso e recebi um tapa no braço, o que me arrancou mais uma risada e o que me fez puxa-la pela cintura enquanto ela ainda tentava me bater, mas seus tapas foram ficando cada vez mais fracos conforme meus lábios se aproximavam dos seus, até que cessaram quando nossas bocas finalmente se encostaram.

Seus lábios estavam tão gelados quando os meus, assim como a sua pele. Mas a sua boca estava quente, extremamente quente e convidativa. Sem me importar com mais nada minha mão foi até a sua nuca, a puxando ainda mais contra mim e a obrigando a corresponder o beijo intenso que eu estava lhe dando. Camila agarrou a minha nuca quando nossas línguas se encontraram, ela fez questão de chupar a mesma, para depois sorrir contra os meus lábios.

Nos separamos quando escutamos os trovões, já estava na hora de ir. Juntamos nossas coisas e de mãos entrelaçadas começamos a correr em direção a saída do parque, corremos para o meu carro e nos trancamos no mesmo. Rindo nos encaramos e então a crise de riso parou no mesmo momento que encaramos nossos lábios, Camila se curvou e colou os mesmos mais uma vez.

- Vamos para casa... – Sussurra em meu ouvido, deixando beijos pelo meu pescoço em seguida.

- Tudo bem... – Murmuro em um fio de voz, ligando o carro.

Durante o caminho Camila foi se livrando de algumas peças de sua roupa, o que me fez ficar com os olhos fixos em determinadas partes de seu corpo. Estacionei o carro de qualquer jeito e desci do mesmo, arrancando minha jaqueta e puxando Camila pela mão com pressa em direção ao elevador.

Assim que a porta se abriu, suspirei aliviada ao ver que não havia ninguém ali, nós entramos e não dei nem chance da porta se fechar, pressionei Camila contra uma das paredes e colei nossos lábios com uma urgência desesperada, minhas mãos invadiram sua camisa de abotoar branca, prontamente começando a arranhar seu abdômen.

A porta abrindo nos fez afastar uma da outra, sorri ao ver que nós havíamos chegado em nosso andar, abri a porta com pressa e continuei a puxando pela mão escadas a cima, com a maior pressa da face da terra, queria tocá-la e beija-la de todas as formas que eu pudesse.

- Eu nunca achei que você ficaria tão sexy molhada assim. – Ela ri contra os meus lábios e eu sorrio.

Puxo sua camisa para fora da calça jeans e ela se afasta, me olhando um tanto quanto confusa e indecisa. Solto um sorriso malicioso e Camila nega com a cabeça.

- Laur, as meninas vão chegar a qualquer momento... – Solta um gemido baixo quando eu sugo seu ponto de pulso.

Nossas amigas iriam almoçar conosco hoje, para colocarmos o papo em dia, mas eu não me importava com aquilo naquele momento. Camila me empurra sem muita vontade e da dois passos para trás, me olhando nervosamente, sorrio maliciosamente e dou uma rápida corrida em sua direção, a erguendo do chão para faze-la voltar para trás, faço questão de colar nossos corpos e pressionar sua bunda contra o meu ventre, o que faz nós duas suspirarmos.

Letters To Camila - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora