Capítulo 1

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Olá!

Antes de começar o capítulo quero dizer que essa é minha primeira estória, então me perdoem qualquer erro.

Espero que gostem!

*****♥*****

Mel.

Alguém está puxando meu cobertor. Por que alguém puxaria meu cobertor? Quem está puxando meu cobertor? Para descobrir isso eu teria que abrir os olhos, mas o sono é mais forte que eu. Sinto-me caindo na imensidão de novo. É tão bom. É tão calmo. É tão escuro. É aconchegante. De repente LUZ.

De onde diabos vêm essa luz?

- Hora de levantar Mel. - Diz uma voz animada demais para o meu gosto.

Hora de nada. Hora de dormir isso sim. Por que eu não posso dormir até mais tarde num sábado?

Num sábado!

- Vamos. Deixa de preguiça. Seu avô está sozinho lá em baixo desde às sete. - A voz resmunga.

- Bem, eu fiquei ontem até às onze da noite e sozinha. Não acha que eu mereço um pouco de descanso? É sábado. Por favorzinho. - Imploro com a voz mais manhosa que consigo.

Ainda estou com a cara enfiada no travesseiro. Os lençóis cobrem toda a minha cabeça. Meus dedos estão cruzados. Só mais alguns minutos.

- Bem que eu gostaria, mas como você mesma disse hoje é sábado. Dia de movimento no café da manhã. Por favor, meu amor. Levante-se.

Como eu resisto quando ela fala desse jeito toda carinhosa?

Ana trabalha com o meu avô, e bom, comigo também. Conheço-a desde que me entendo por gente. Ela tem idade suficiente para ser minha mãe. E bom, tem sido assim desde que a minha avó morreu há quatro anos.

Sempre vivi com meus avós. Minha mãe engravidou aos dezessete. Foi mãe solteira. Saiu um dia para uma viagem e nunca mais voltou. Ela sofreu um acidente numa noite de muita chuva. Eu tinha oito anos. Meus avós sempre cuidaram de mim depois da minha mãe, depois da minha avó agora eu tenho a Ana, e meu avô é claro.

Sento-me na maior preguiça. Espreguiço-me.

- Não faça cara feia bonitinha. - Diz Ana sorrindo.

- Não estou fazendo cara feia - protesto. - Essa é a minha cara de todos os dias.

- Deus me livre de acordar assim! Acordo sempre feliz.

Ana tem estatura mediana, e uns quilinhos acima do peso, - não que ela assuma isso, é claro. - Os cabelos são de um tom de loiro, que já foram castanhos. Nada que uma tinta não resolva.

- Só estou um pouco cansada - digo esfregando os olhos.

- Estudou muito ontem à noite? - ela pergunta enquanto se senta em minha cama.

- Um pouco. - minto.

Eu estudei pra caramba. Feito uma mula de carga. Meu cérebro ainda não se recuperou. Preciso de mais horas de sono. Muitas horas de sono.

- Você não é uma boa mentirosa. - Ana está torcendo o nariz de um jeito engraçado. Isso meio que me faz rir. - Aí está! Minha garotinha risonha.

Garotinha?

- Garotinha risonha Ana? Eu tenho dezenove anos. - Faço careta para ela.

- Mesmo assim, continua sendo a minha menininha risonha, minha garotinha.

Sob Minha PeleWhere stories live. Discover now