- Christian tens que parar de ser casmurro, já está na hora de teres uma esposa. Até o teu irmão já passou à tua frente.

- Mãe, por favor, já lhe disse que não quero nesse momento. Ainda sou jovem e quero aproveitar mais a minha liberdade.

- Como ainda não é o momento? Liberdade? Tens que casares, é o teu dever com o povo.

- Mesmo que eu quisesse, eu ainda não encontrei uma donzela à altura.

- O que? Estás a brincar comigo meu filho? O Reino está cheia de moças em idade de casar. Como ainda não achas-te? - disse seu pai, o rei Carrick, irritado.

- Calma meu querido! - pediu a rainha.

- Calma? Eu com a idade dele já estavas casado contigo.

- Eu sei, meu amor, e se é por isso eu sugiro a minha dama real.

- É verdade minha querida dama de honra, Leila é perfeita. Bonita, jovem, elegante, conhece as pessoas importantes do reino, saudável e poderá ter muitos herdeiros. - Leila sentiu-se muito feliz, já esperava essa oportunidade há muito tempo.

- O quê? Nem pensem nisso. Se eu casar não será por obrigação. E se me dão licença eu vou retirar-me. Esta conversa não vai a lado nenhum. - e saiu bufando de raiva.

- CHRISTIAN VOLTA AQUI! - gritou o rei Carrick, furioso.

- Deixa o ir. - pediu a Grace

- Eu não acredito na ousadia deste moleque. Oh ele vai casar se por bem ou por mal.

- Pai eu até compreendo o seu ponto de vista, mas também o compreendo o meu irmão. Se eu me casei com Katherine é porque a amo, o meu irmão também tem esse direito ou não é? - intervém Elliot.

O rei pôs-se a pensar um pouco com os olhos fechados. Quando os voltou abrir, virou-se para o seu general.

- O que achas disso?

- Bom ele de fato tem tempo. Espera mais um pouco. Estabelece um prazo com ele. Ele assim terá tempo para achar a moça que ele considere ideal.

- Tens razão.

Leila apesar de não demonstrar, estava triste e chateada com o príncipe. Sempre foi apaixonada pelo príncipe Christian e seu sonho era de casar-se com ele e se tornar rainha, mas sabia que seria uma tarefa difícil conquista-lo já que o príncipe não desejava se casar e nunca mostrou esse interesse com ela, mas jurou a si mesma que outra não roubaria o seu lugar na família real.

O príncipe Christian andava pelos corredores do castelo quando foi alcançado por Welch um dos sete cavaleiros que também tinham voz no conselho e era de toda sua confiança.

- Alteza, acabei de descobrir algo sobre o assassinato do falecido príncipe Aron, seu irmão.

- Não prolongue mais, vai direto as vias de fato, o que tens a me dizer?

- Foi uma mulher, uma mulher quem o matou. Ela foi vista com ele minutos antes por testemunhas e depois correndo com as roupas sujas com o sangue de seu irmão perto do local onde estava o corpo.

- O nome Welch, me dê o nome da maldita! - exclamou o príncipe com ódio.

- Anastásia Steele, meu príncipe, fiz um relatório sobre ela. Perdão pela ousadia, mas ela se encontrava com seu irmão as escondidas e rouba cavalos.

O soldado Welch estendeu a mão ao príncipe Christian o fazendo pegar o papel com anotações sobre a moça suspeita do assassinato, o príncipe leu ali mesmo os dados de Anastásia. Era solteira, dezoito anos, sem pretendentes a cortejo, ajudava seu primo em roubos de cavalos, viva com pai e mãe, tinha a localização da sua moradia em mãos, sua renda era da venda de tapetes. O coração gelado do príncipe ferveu de raiva, ele jura vingar o sangue de seu irmão Aron a todo custo.

- Welch, eu quero encontrar essa mulher ainda hoje.

- Pelas minhas investigações, daqui a algumas horas, ela fará o caminho de volta para casa, todos os dias vem até a vila encontrar o pai.

- Meu cavalo, ainda está selado?

- Sim, alteza.

- Perfeito.

O príncipe Christian saiu do castelo sem que ninguém o visse, somente na companhia de seu soldado, marcaram tocaia no caminho da casa de Anastásia. De longe a avistam, atrás de uma árvore, quando a moça cruzou a frente da mesma, o príncipe Christian agarrou a moça pela cintura a levando para trás da árvore, ela começou a espernear e a gritar, mas nada adiantou no caminho deserto.

- Ladra! Assassina! Cale a boca! - ele a atirou com violência no chão de terra. O gorro da capa verde de Anastásia saiu de seu rosto e ele reconheceu o par de olhos redondos azuis de mais cedo e se surpreendeu, era um demônio em disfarce de anjo, Anastásia o fitava assustada com o ato violento.

- Alteza!? - murmurou assustada.

- Não negue mulher, sei que matou meu irmão!

Anastásia começou a chorar diante de seu acusador ao se lembrar do corpo ensanguentado do príncipe Aron no chão daquela floresta, como descobriram? Ela nunca contou a ninguém sobre o ocorrido, pois tinha medo de ser acusada e ela e sua família serem condenados a morte. Ela em um ato insano, retirou uma pequena adaga da sua cesta e apontou para o príncipe, o ameaçando.

- Como ousa, plebéia!? - o soldado Welch tentou conter a jovem, que lhe fez um corte no braço e saiu correndo o mais rápido que pôde, se infiltrando no mato sumindo das vistas dos dois. O corte no braço de Welch era profundo, sangrava. Tiveram que retornar ao castelo para dar pontos no ferimento.

Ao chegarem ao castelo, uma mulher com uma túnica colorida com bordados dourados, com traços orientais conversava com o rei e a rainha e os anciões da corte. A mulher de olhos apertados e cabelos negros, fitou o príncipe regente e se aproximou do mesmo, pegando sua mão direita, olhou e sorriu.

- Homem de coração selvagem, a donzela que for digna deste anel será a quem procuras e domará seu coração, o amansando.

O anel de ouro e com uma pedra de rubi foi depositado na mão do príncipe, que olhou a mulher com incredulidade e antipatia, o rei boquiaberto com as palavras da mulher disse:

- Atenção todos, declaro que a partir de hoje, todas as donzelas que passarem pelo baile que darei no castelo, irão experimentar este anel.



Um Príncipe em Cinquenta Tons (REPOSTANDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora