MOVIDOS PELO DESTINO

BÔNUS: Mark Wring.

SEM REVISÃO

Depois da saída com os caras e a Tracy e das lembranças que me rodearam naquela noite, mergulhei de cabeça em meu trabalho e pesquisas da área. Era sempre assim, essa era minha válvula de escape. Preferia me trancar em meu mundo e viver a minha maneira despreocupada do que ter que encarar toda essa merda de frente.

Depois do fim de semana regado em festas, bebidas e mulheres a segunda feira chegou cheia de trabalho pela frente. Tinha várias consultas e pacientes da UTI para visitar, só tive tempo mesmo para relaxar no horário do almoço, quando me empenhei ao máximo para perturbar Alicia.

Era impressionante como eu tinha me apegado a ela e a Tracy em tão pouco tempo de convivência. Nunca tive irmã, mas sempre foi o meu sonho. Nunca tive uma amiga próxima para considerar como irmã, pois já tinha dormido com todas. Isso seria meio doentio, não é mesmo? Mas agora, com elas, sinto um carinho enorme e um instinto de proteção anormal. Se Phillip e Henry magoarem elas, será comigo que eles irão ter que prestar contas!

Depois do trabalho sigo com minha Diavel Carbon preta pelas ruas movimentadas de Seattle para o destino de todas as minhas noites depois do expediente. Jon'Key Club é o meu lugar favorito nesta cidade e diferente das boates que costumo ir com os caras para diversão, aqui eu só sento em uma mesa, bebo a minha cerveja e se tiver de bom humor jogo uma sinuca com os caras.

Jonathan, dono do club, é um velho conhecido da minha família e depois de tudo o que aconteceu, foi ele e sua família quem ajudou a me reerguer.

Assim entro sou recebido por um abraço de urso de Keyla, esposa de Jon que sempre teve ótimos conselhos para mim e tentava a todo custo me "colocar nos trilhos novamente".

- Oh, meu garoto! Que saudades de você. – Ela não desgruda, ao contrário, aperta mais forte e ainda por cima me dá um beliscão no braço. – Como você se atreve a sumir todo final de semana seu moleque? Aposto que nos trocou por esses bares de bacanas! – Bipolar ela? Só um pouco! – OH JON, VEM VER QUEM LEMBROU QUE EXISTIMOS.

Era sempre assim depois de um fim de semana de baladas. Toda segunda-feira ela me abraça carinhosamente e depois me enche de beliscão e broncas me chamando de desnaturado, dizendo que os troquei pelos "bacanas". Eu amo essa mulher!

- Deixa o garoto em paz, Key! Ele é jovem, precisa mesmo é se divertir!

Ela revira os olhos, me largando e dando um tapa na minha bunda. Jon dá uns tapinhas no balcão me chamando para perto. Sento-me em um dos bancos e ele me serve com o de sempre.

- Então, como estão as coisas por aqui Jon?

- Tranquilas, nada de extraordinário. E com você garoto?

- O mesmo de sempre. – Dou um gole na minha cerveja.

- E o fim de semana? – Diz enquanto passa a flanela desgastada pelo balcão.

- O de sempre. Festa, bebida, algumas mulheres... – Dou de ombro e rimos.

- Quando você vai tomar jeito? – Ele rir, negando com a cabeça.

- Tomo e dou jeito todos os dias! E se eu tiver sorte, hoje será com aquela morena ali. – Aponto para a mulher sentada em uma mesa logo à frente.

- Não sei mais o que faço contigo, Markus!

Sorrio e ergo o copo de cerveja já vazio. Levanto-me e vou em direção a morena.

- Boa noite. – Digo, fazendo-a desviar o olhar do celular para mim.

Seus olhos são grandes, castanhos e lindos. Sua boca rosada já me acendeu por inteiro e me encheu de pensamentos impróprios.

- Boa! - Me olha meio desconfiada. – Posso te ajudar em algo?