CAPÍTULO 4

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Sem revisão



Alicia



Finamente sexta!

A semana havia passado rápido e graças a Deus tranquila apesar de tudo. Depois do encontro com o Becker em sua sala não nos falamos mais. Sempre nos esbarramos pelo corredor, já que trabalhamos na mesma ala, ou o vejo na hora do almoço, mas parece que ele entendeu que deve manter distancia. Durante esses primeiros dias eu tive uma boa quantidade de pacientes, me adaptei a nova rotina, conheci melhor Tracy e até consegui sair pra jantar com a Raquel na terça-feira.

Sim, Raquel e eu viemos juntas para cá e hoje dividimos um apartamento. Ela se formou em fisioterapia e trabalha em um ótimo hospital perto da miniatura de apartamento em que vivemos. Assim que contei a ela sobre Becker ela custou a acreditar, disse que era loucura que logo de tantos hospitais no mundo eu fosse trabalhar logo com ele, me encheu de perguntas e eu quase tive que dar um calmante pra ela. Depois do que houve no natal em Maceió, Raquel decidiu por conta própria cortar qualquer tipo de relação com Henrique porque segundo ela "ele se tornou um playboy mimado que fez minha melhor amiga sofrer e tudo o que quero dele é arrancar sua cabeça, empalhar e colocar na sala como um aviso a todos que se meterem com você". Super tranquila minha amiga, perceberam né?

Meu plantão já tinha acabado e eu estava em minha sala apenas organizando algumas coisas quando escuto batidas na porta e em seguida Tracy entra.

- Vamos sair hoje! – Ela disse enquanto caminhava e sentava na cadeira em frente a mim.

- Oi pra você também. O meu plantão foi ótimo, obrigada por perguntar. – Reviro os olhos e solto uma risada baixa quando Tracy me mostra a língua. – E amanhã tenho plantão a noite, não vou poder sair.

- Amiga larga de desculpas, porque eu também tenho plantão amanhã a noite e nós sabemos que podemos dormi muito bem o dia todo amanhã. – Ela pisca pra mim – E outra, eu estava te comunicando e não te perguntando.

Dá pra acreditar no que essa coisa loira tá me dizendo?

- É como minha mãe sempre dizia: dê dinheiro, mas não dê ousadia! – Digo me levantando da minha cadeira para tirar meu jaleco e guarda-lo – Já que não tem jeito, vamos né!

- Yaaay! – Solto uma risada baixa ao escutar o gritinho de alegria dela – Esteja pronta as oito, vou passar pra te pegar! – Disse enquanto levantava e ia em direção à porta, abrindo-a e me esperando.

- Esta bem, mas para onde vamos? – Caminhei até onde ela estava e saímos indo em direção à saída do hospital.

- Ao George's. É um barzinho que eu adoro e hoje é noite de karaokê, então prepare a sua vozinha gata!

- Nem sonhe com isso, Tracy. Eu tenho uma voz horrível e morro de vergonha.

Ela me contou mais sobre o barzinho que íamos enquanto fazíamos o caminho até o estacionamento e ela tentou de todo jeito me fazer mudar de ideia e cantar pelo menos uma música com ela, mas eu disse que nem ferrando eu pagaria tamanho mico.

- Desista dessa ideia de me fazer cantar! – Paro ao lado do meu carro. – Te vejo as oito então?

- As oito! Até lá, gostosa!

Solto uma risada e entro em meu carro e dando partida. Ao chegar em casa vou até o quarto de Raquel e encontro-a desmaiada na cama, deveria esta no seu décimo primeiro sono e nem que houvesse um apocalipse eu ousaria acorda-la e enfrentar seu mal humor. Se tem uma coisa que aprendi morando com Raquel é que acordar ela é a pior coisa que você pode fazer na vida! Fecho a porta do quarto com cuidado para não fazer barulho e despertar a fera, caminho até a cozinha e decido preparar algo para comer, tomar um banho e depois tirar um pequeno cochilo já que ainda era 4:00 pm.

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