Atravessando o Cemitério

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"Cuidado por onde você passa a noite, principalmente se estiver sozinho e pisando na terra de quem já partiu desse mundo!"

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Esse fato aconteceu na época em que quando cursava ensino médio, no verão, durante o caminho de volta para casa.

A distância da escola até a minha casa era de 12 quilômetros, e eu sempre ia embora de bicicleta.
No caminho eu costumava atravessar um cemitério, porque cortava caminho, economizando bastante tempo.
Naquele dia específico, como de costume, por causa das atividades esportivas, fui mais tarde para casa, e quando cheguei na parte que tinha que atravessar o cemitério já era 22h00.
Como estava acostumado, segui com minha bicicleta tranquilamente pelo cemitério.

De repente senti um cherio de incenso no ar, e quando fui ver, encontrei bem no caminmho um túmulo com a foto de uma menina.
Então conclui que o cheiro de incenso estava vindo do túmulo essa menina.
Então continuei meu caminho pedalando a bicicleta, mas pensando: "Nossa, uma criança morreu!"
Um pouco depois disso, do nada, o pedal da bicicleta ficou pesado, e mesmo forçando mais as pernas, a bicicleta não ganhava velocidade.
Aquilo era estranho, então pensei: "Será que estou cansado? Mas não pode ser".
Então persebi "aquilo": Eu senti que estava sendo abraçado por trás, e me perguntei: "O que é isso?"

E quando fui ver, haviam dois bracinhos de criança me abraçando pela cintura como se a criança estivesse sentada na garupa da bicicleta.
E nesse momento tudo ficou gelado, sendo que as mãos da criança eram brancas e pálidas.
Eu comecei a fazer força para pedalar mais forte para sair daquele lugar, mas a bicicleta não ia.
Então as mãos da criança foram se deslizando pelos meus braços e frearam a bicicleta, a fazendo parar.
Eu estava suando de terror.
Pensei: Será que é a menina da foto que estava no túmulo?

Quando olhei para trás, de uma forma horripilante, vi que realmente era ela que estava ali.
Então pulei e corri empurrando a bicicleta com os olhos fechados, de tanto terror, conseguindo sair daquele local e por sorte cheguei em minha casa.
No dia seguinte, ao ir para escola, cruzei novamente o cemitério, mas de dia, e fui procurando o túmulo daquela garotinha, e qual não foi minha surpresa, quando cheguei no local onde havia visto aquele túmulo com a foto da menininha, e não havia nada ali.
Existia somente um terreno vazio.
Até hoje não sei o que aquele garotinha queria comigo ou o que ela deseja dizer, e também como aquele túmulo que estava lá naquela noite, simplesmente desapareceu do nada não deixando nenhum sinal de sua existência.

Mas o que eu aprendi, é que sempre que estiver sozinho, tanto de bicicleta, moto ou carro, e sentir algo te abraçando, não olhe para trás, e simplesmente saia o mais rápido possível daquele lugar.

Este relato é do Japão (:

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