Possível Perda

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Assim que passamos das árvores, nos deparamos com algo que não esperávamos. Era uma parede coberta daqueles galhos que crescem em muros, eu e Molly olhamos um para a cara do outro sem entender nada.

— É aqui. – Tristan falou. - Todas as rochas e plantas apontam para esse lugar. Mas como vamos passar?

— Ah, Tristan você não acha que as plantas podem ter se enganado? – Molly sugeriu

Ele revirou os olhos.

— Não, Molly. As plantas nunca mentem, esse é o lugar! Mas eu não entendo o porque desta parede. – Ele ficou a encarando a parede e tocou com a mão direita para tentar buscar informções, mas não conseguiu.

Percebi Ágata começar a se mexer no meu colo e a murmurar algo.

— O que? Ágata, pode repetir? – Perguntei e todos me olharam, depois para Ágata ainda desmaiada nos meus braços.

— Do.. dois amuletos. A... aqueles que são opostos. – Ágata começou a dizer ainda inconsciente.

Os dois se aproximam de nós.

— Como? Ágata, oderia detalhar mais? – Tristan tentou.

— Evolução. As lâminas rivais... – Ela murmurou.

— Ágata? – A chamei, mas ela não respondeu nada. – Ágata? – Outra vez e nada.

Suspirei.

— Cameron, – Tristan me chamou. – ela está inconciente, esse recado não é dela e sim do seu espirito, era a senhora do Ar falando conosco.

— Ah, entendo. – Olhei para ela e depois para Tristan. – Mas do que ela estava falando?

— As lâminas rivais. – Tentou se lembrar do que ela havia dito. – Aqueles que são opostos. – Parou. – Então só pode ser... – Pensou em algo e sorriu. Foi até o muro e retirou algumas plantas da frente. Apareceram três entradas, uma com o símbolo do a água e duas com o do fogo. Ele ele anda até mim novamente – Cameron e Molly, peguem suas espadas e as ponham naquelas entradas. Cada qual de acordo com seus símbolos, me entregue a Ágata, eu cuido dela.

— Sim – Entrego-a para ele e ele a deita no chão com a cabeça em suas pernas. – Mas porque você não entra junto? Temos que ser uma equipe.

Ele sorriu.

— Ainda somos uma equipe, eu estarei aqui por vocês, vocês estão lá por Ágata. Isso é algo que vocês devem fazer juntos. Vocês ouviram o senhor do Ar.

Suspirei e continuei. Molly me acompanhou até a parede e retirou suas espadas, retiro a minha e nós as enfiamos ao mesmo tempo a parede. Os simbolos brilharam, tanto nas paredes como nas nossas marcas. Nos afastamos e a parede se dividiu em duas mostrando um túnel, retiramos nossas espadas e as guardamos de novo.

— Tristan – Olhei para trás e o vi com as mãos encima de Ágata e das mesmas saiam faíscas verdes, o corpo dela estava envolvido por algumas plantas. – Você não vem mesmo?

— Não. – Respondeu sem tirar a atenção de suas mãos. - Vão vocês.

— Mas Tristan... – Tentei insistir.

— VÃO! – Ele gritou e então suspirou. – Vou ficar e cuidar dela, ela esta quase morrendo.

— Mas você disse que...

— EU ERREI, OK? – Grita com os olhos marejados. – Eu errei, preciso salvar ela. Não sei se posso... – Engoliu o choro e olhou para nós. – Agora vão!

Concordei com a cabeça e olho para Molly. Ela sorriu e entramos correndo na caverna. As paredes se fecharam atrás de nós.

[...]

Enquanto isso, num lugar não muito distante...

— Eles entraram na caverna. – A garota diz.

Elas estavam conversando no esconderijo da mulher.

— Ótimo! – A mais velha sorriu. – Siga-os.

— Sim!

— E certifique-se de que eles não sairão. – A mulher sorriu diabolicamente.

— Como quiser, alteza -– A menina fez uma reverencia e se teletransportou direto para a caverna.

— É bom que vocês quatro estejam bem fracos ao me enfrentarem, não quero que a morte de vocês seja rápida, quero torturá-los gradativamente. – A mulher sorriu de lado com planos que tinha mente.

[...]

Como eu pude deixar isso acontecer? Eu errei quanto ao veneno do montro, não posso deixar que Agata morra. Molly e Cameron estão lá na caverna, sozinhos, tenho que salva-la. Eu preciso salva-la.

— Vamos lá, Ágata. – Eu sussurrava com os olhos fechados. Minhas mãos estavam uma encima da outra em  seu peito. – Viva, por favor.

Eu fazia ao maximo para que ela voltasse, estava usando todo o meu poder. Não sabia se aguentaria mais.

— Por favor... – Sussurrei novamente. As lágrimas começavam a escorrer pela minha bochecha.

Eu já estava esgotado, eu não conseguiria. Eu não era pário para tal poder. Eu sempre fui um fraco, não merecia meu poder. Nãoo mereço esse espírito.

Sentia meus braços fraquejarem e eu sentir menos poder esvaindo de mim. O veneno era forte de mais, eu não conseguiria.

— Preciso te salvar, Ágata. Você sim é importante, não eu. Você precisa viver. – Sussurrei novamente me sentindo cada vez mais fraco.

[...]

Molly dominava o fogo clareando dentro da caverna.

— E agora? – Perguntei, percebendo que não havia nada a não ser um grande corredor.

— Melhor seguir em frente, eu acho. – Ela falou, andando na minha frente.

— Se pelo menos Ágata ou Tristan estivesse aqui. – Murmurei, Molly parou e olhou pra mim revirando os olhos.

— Ora por favor, Cameron! Você não pode viver eternamente na aba dos outros, siga seus estintos! – Ela suspirou. – Um Aqua sempre lidera tudo, um Aqua sempre sabe o caminho certo a seguir. Até os Foguers sabem disso! – Ela bufou cruzando os braços.

Suspirei.

— Eu não sei. – Falei triste.

— Olha aqui, eu não vim até aqui para morrer na praia, somos Senhores dos Elementos e temos a responsabilidade de salvar nosssas dimensões. Todos esperam por nós, Cameron! Eu espero por você. – Ela disse a última frase baixinho.

Eu sorri para ela, ela retribuiu o sorriso e eu nao resisti. Lhe dei um beijo rápido fazendo ela rir.

Ela tem razão, o que meus pais pensariam de mim? Eu posso ser fraco, mas meu espirito é forte!

Respirei fundo e entrei na minha forma de dominação, senti a Água escorrer pelos meus pulsos e se alatrar pelo chão do local, fechei meus olhos para sentir e ver melhor por onde a água seguia.

Ela foi se alastrando pelo corredor, mas estava escuro de mais para eu ver algo.

— Molly, – A chamei ainda de olhos fechados. – poderia clarear para eu ver, por favor?

— Ok.

O fogo iluminava e eu podia ver o local, a caverna era bem ingrime. A àgua seguiu em frente mais um poco junto ao fogo e puder sentir ela rodear algo. Aperto os olhos e pude ver uma espécie de baú em uma mesa no fim da caverna. Abri meus olhos e a Água volta para meus pulsos de uma vez.

— Achei! – Falei sorrindo, olhando para Molly.

 Elemental (Em Revisão)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ