Capítulo 01. Pressentimento...

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LINDSEY POV'

- Táxi? – perguntei ao senhor ao lado do único carro, aonde haviam me indicado ser parada de táxis.

- Sim, mas esse está ocupado...

- Não vejo ninguém...

- Desculpe senhorita... Mas...

- Podemos ir... Obrigada senhor. – um rapaz alto se aproximou.

- Bem... Ele já deixou as coisas dentro do táxi... Logo chega outro...

- Ok... – falei sem ânimo algum.

Voltar pra Londres já não era muito minha vontade e ficar exposta ao frio intenso também não estava na minha lista de favoritos, principalmente depois de tudo que aconteceu.

Fechei meu casaco tentando ao mesmo tempo segurar firme minha bolsa, enquanto aguardava outro táxi.
Nesse momento parecia não ter ninguém mais esperando algum transporte a não ser particulares, de pessoas que esperavam parentes ou amigos, e eu, eu apenas não tinha ninguém que pudesse me buscar aqui, aliás, até teria, mas não iria incomodar ninguém, e com todo o imprevisto que tive, só saindo do aeroporto agora e mesmo assim não conseguindo resolver nada, me sentia frustrada quase me arrependendo de voltar pra Londres. Poderia quem sabe, ter escolhido outro lugar, como França, ou sei lá, até mesmo África do Sul, ou Arábia Saudita! Mas não. Preferi voltar pra casa...

- Com licença... – o mesmo taxista parou ao meu lado, parecia ter retornado – Se importa de dividir o táxi com o meu cliente?

- Desculpa...

- Eu que peço desculpas... – o rapaz falou abaixando o vidro do carro – Parece que não haverá mais táxis... E pensei que se aceitar, podemos dividir o mesmo carro.

- Isso seria muito incomodo pra vocês... Nem sabe pra onde vou...

- Isso não é problema. Pior será passar a noite aqui...

- Bom... Houve um imprevisto e o dono da frota, devido o horário, mandou que todos os carros voltassem para a empresa. – o taxista falou.

- Se eu fosse você, aceitaria a oferta...

- Olha... Tem certeza que não virá mesmo outro táxi?

- Absoluta...

- Então eu aceito, só espero não...

- Não se preocupe, acredito que o que mais quer nesse momento, é chegar em casa e se aquecer...

- Tem razão... Obrigada por terem voltado. - falei enquanto o rapaz de cabelos meio longo saía do carro me ajudando a levantar minha bagagem de mão, e dando espaço para que eu entrasse no mesmo.

Mesmo com toda essa atenção do estranho ao meu lado, eu estava em um silencio profundo. Apenas entreguei o endereço de onde iria a ele, continuando calada, tentando reconhecer o pouco que se podia ver da cidade, devido à fina chuva que caia. Minutos depois, que mais pareceu ser uma eternidade ouvi os dois falarem.

- Parece que chegamos...

- Tem certeza que é aqui? – o condutor perguntou.

- Sim... Foi o endereço que me passaram. Quanto é?

- Não se preocupe... Eu pedi que ele voltasse e faço questão de pagar.

- Agradeço, mas não posso deixar isso acontecer.

- Eu insisto. E amigo... – ele disse ao motorista – Não aceite nada dela. – e já começou a descer do carro me ajudando com minhas coisas. Que nem eram tantas assim.

Retorno - Concluída Where stories live. Discover now