5 Amigas, 4 amores e 1 história inesquecível <3

Aniversário surpresa (Márcia)

Acordei com a Beca balançando o meu rosto de um lado para o outro, tentando me acordar sem fazer barulho, já que íamos fazer uma festa surpresa para a Anne.
Por mais que eu fique muito irritada quando me acordam eu deixei passar.
Fomos para a sala mais cedo e ajeitamos ela com bolas e um bolo com a frase "Feliz Aniversário Anne!" feita por granulado, deve ter dado um trabalho enorme!
Nem bem a Anne entrou na sala e já gritamos um desorganizado "surpresa!!!".
Senti pena da minha amiga naquele momento, ela estava passando pela constrangedora situação na hora dos parabéns em que não sabemos o que fazer, e senti mais pena ainda na hora do "com quem será?", porque, lógico, todos fizeram com o Thomás, e dava para ver pela reação dela que ela pensava: Como assim todo mundo sabe?
A melhor parte foi no final quando umas meninas da sala do Thomás vieram dar parabéns para Anne, elas disseram que deu para ouvir tudo de lá, e que Thomás abriu um sorriso suspeito.
Vi a Beca conversando com o Henrique e imediatamente olhei para Anne, que também me olhou, então rimos da piada interna (Anne me contou que Henrique confessou que gostava da Beca).
Depois da festa surpresa ainda teve mais uma aula, quando ela acabou fomos direto para a cantina, a fila tava enorme.
Peguei meu lanche  depois de muito tempo e fui para junto das meninas.
- Quem é aquele?- Perguntou Bella e me virei para ver de quem ela está falando.
Reconheci o cabelo loiro logo de cara. Ele se virou e acenou ao me ver, pensei em fazer o mesmo mas Anne sussurrou:
- Não se atreva a responder, ignore.- E foi isso o que eu fiz, fingi que nem vi.
- Ricardo.- Disse me virando para Bella.
- Ele é novo aqui?- Bella perguntou.
- Não, ele estava no Rio Grande do Sul desde o início das férias, é irmão da Vanessa.- Beca respondeu.
- Eles se parecem.- Bella disse sem se importar muito.
- Oi garotas.- Chegou Vanessa com um sorriso falso.- Você viu quem chegou Márcia? O Rick!
- Vi sim.- Eu disse fingindo não me importar. 
- Espero que você já saiba a diferença entre uma brincadeira e uma declaração de amor.- Vanessa disse fingindo pena. É tanto fingimento que não sei mais no que acreditar.
- O que você quer aqui garota?- Perguntei já me irritando.
-  Calma Marcinha, eu só vim aqui te alertar uma coisa.- Vanessa agora está fazendo uma cara que conheço muito bem, lá vem o veneno!- Fica longe do meu Daniel.
- Seu? Desde quando?- Perguntei rindo.
- Márcia...comida voa.- ela falou segurando o prato do seu lado. Nem acreditei que ela estava mesmo me ameaçando.
- Pois é, olha essa aqui voando.- Falei jogando uma bandeja que estava na mesa do lado em cima dela.
- Guerra de comidaaaaaa!- Escutei alguém gritar.
Em menos de um segundo a cantina ficou entupida de gente jogando comida pra lá e pra cá, sou atingida por algumas. Sinti alguém me puxando para fora dali mas na confusão não vi quem era. só lá fora eu reconheci.
- Daniel.- Disse com um sorriso, pelo simples fato de estar desafiando Vanessa.
- Vem, tem uma mangueira lá no jardim.- Ele l puxou e abriu um sorriso.
- Pra que eu vou querer uma manga?
- Não boba, mangueira de água.- Ele disse rindo.
Que mico! Que mico! Que mico! Que mico!
- Por que você ri de tudo que eu falo?- Tô parecendo uma criança curiosa.
- Você é engraçada.- Ele afirma sem jeito.- Quantas perguntas! Quero te fazer uma também.
- Fala.- Sorrio curiosa.
-Você quer e no cinema comigo nesta terça? Sem ser na dessa semana porque obviamente já passou, na próxima, sabe, mas só se você quiser! Se não tudo bem...mesmo.
- Quero.- Respondi rindo da atrapalhação dele- Afinal, somos amigos, não é?
- Ah, claro...somos amigoa. Você soube da festa que vai ter sexta que vem?
- De quem é?
- É de um garoto do primeiro ano, o Pedro.- Pedro e essa mania de chamar as reuniões caseiras dos pais de festa.
- Ah, sei! É estranho ele te convidar, ele nunca chamou um amigo.
- Como você sabe?
- Eu sou vizinha dele, também vou para a "festa".
- Sério? Que legal.
Chegando finalmente no jardim Daniel saiu correndo e abriu a mangueira, virando para mim e me encharcando no mesmo instante. Comecei a gritar o mais fino possível mas ele não parou até eu ficar completamente limpa ( e molhada).
Fui correndo para o quarto pra me secar e trocar de roupa, só faltava 5 minutos para a próxima aula.
Cheguei um pouco atrasada e sentei na primeira cadeira da quarta fila, na frente da Bella.
Quando deu o horário do almoço vi o Pedro do outro lado da cantina com as amigos e chamei ele, eu tinha um plano.
- Pê, eu posso levar a Bella na sua festa?- Falei assim que ele chegou, assustando a Bella.- Ela está me implorando, você não tem noção.- Pelo canto de olho vi que a Bella queria me matar.
- Tá, mas eu só vou deixar porque é a Bella.- Então ele voltou para os amigos.
- Ficou maluca Márcia?Como assim me levar? Eu nem conheço os pais dele!- Bella começou a falar quando Pedro saiu.
- Eles vão gostar de você- Afirmei despreocupada.
- Como você tem tanta certeza?
- Sou vizinha deles já faz mais de 10 anos, confia em mim.
Depois do almoço fomos fazer as aulas completares, a primeira é de teatro, eu e o Daniel já tínhamos trocado a peça para A Megera Domada.
Não teve nada de diferente nas outras aulas, e o dia passou voando.

...

- Tirando o quesito "garotos" ela é legal.- Eu digo no jantar me referindo à Júlia, e Anne me lança um olhar furioso.
- Ela é uma traidora isso sim!- Anne me repreende.
- Vamos mudar de assunto? Que tal a gente falar sobre o Henrique? O que você acha Beca?- Perguntei nada discreta.
- Márcia!- Anne me repreende de novo.
- O que tem ele?- Beca pergunta confusa. Aparentemente eu fui discreta para ela.
- Nada não, esquece
- Anne disse sorrindo, mas depois me olhou séria, o que me fez rir.
Estava tão distraída conversando com as garotas que nem vi Daniel se aproximando. Nós dois fomos para a biblioteca e ensaiamos a peça.
- Você atua bem.- Ele falou quando demos uma pausa.
- Só estou mais ou menos porque não tem uma plateia, mas sem dúvidas eu vou ficar nervosa na hora.
- Qualquer coisa eu te ajudo, mas não acho que você vai precisar.
- Obrigada.- Falei e logo depois o silêncio tomou conta da sala.
- Então, quer ensaiar mais?- Ele perguntou por fim.
- Por favor! Eu não aguentava mais esse silêncio.- Levantei desesperada da cadeira e ele deu risada.
Cheguei no quarto 8:30 da noite sem o mínimo sono, então fiquei assistindo TV. Não sei exatamente que horas eu dormi, mas eu praticamente desmaiei.

Autora:

Oi gente, eu queria agradecer pela quantidade de visualizações e curtidas que o livro recebeu, muito obrigada mesmo. E se você for um leitor fantasma se manifeste, porque isso ajuda muito!
Queria agradecer também à Aline Silva por ter recomendado a nossa história, e vou aproveitar o momento para convidar vocês para ler "Não foi dessa vez", que é uma excelente história com uma autora muito modesta.
Abraços de gafanhotos e beijos de canibais Aline.
Me desculpem pelo atraso do capítulo, é que eu estou cheia de trabalhos de escola e provas, mas vou me organizar melhor.
É isso galera, bjs e até mais