𝗉𝖾́𝗌𝗌𝗂𝗆𝗈 𝖾 𝖽𝖾𝗌𝗍𝗋𝗎𝗂𝖽𝗈𝗋

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𝖧𝖾𝗒𝖽𝖺𝗇 𝖶𝗂𝗅𝗅𝗂𝖺𝗆𝗌


Péssimo e destruidor.

Duas palavras que me referiam agora... ou desde sempre.

Machucar a única pessoa que eu mais queria ver bem era a única coisa que eu mais sabia fazer.

Eu não queria ter falado aquilo pra ela, não queria ter a machucado mais uma vez.

Eu não queria ter ficado assim.

Agi por um impulso enorme de ciúmes.

Ciúmes sempre foi o meu ponto mais fraco e tóxico.

Eu não sabia a qual lugar me levaria com tanto ciúmes doentio, o mais provável seria para o mais longe possível da única garota que eu queria ver bem.

Stella era o motivo para eu ter tanto ciúmes.

Sempre foi assim, até ter um tempo onde ela conheceu um garoto qualquer e meu ciúmes passar a piorar.

Eu não demonstrava, mas acabei descontando toda a raiva que eu sentia ao começar a lutar boxe.

Ver Stella com esse garoto era o meu ponto mais fraco, ver Stella conversando com ele, o beijando, o abraçando, era a minha deixa.

Tudo que envolvesse 𝘦𝘭𝘢 era o meu ponto fraco.

Stella sempre foi uma garota sensacional e muito radical.

Sempre muito educada, simpática, carismática, divertida... mas também muito cabeça dura, língua afiada, afrontava quem a afrontasse, independente de quem seja.

A sua beleza era algo extraordinário, como se realmente algum deus grego tivesse a esculpido, como se fosse desenhada por inteligência artificial.

Ser quase vizinho dos Asthen me deu essa maravilhosa dádiva de conhecer a garota dos meus sonhos.

Há uns 7 anos atrás, eu e minha família havíamos acabado de nos mudar, ajudei meus pais com algumas bagagens e depois perguntei se eu podia ir ao parquinho do condomínio, onde eu vi algumas crianças brincando.

Eles concordaram e eu fui correndo até o parquinho.

Sentei em um banco, e fiquei de longe vendo as crianças brincarem, até me dar conta que um garoto loiro havia sentado ao meu lado.

Era Phillipe.

Nesse mesmo dia fiz uma amizade inseparável com ele, até fui convidado para um jantar de boas-vindas em sua casa com a minha família.

Pós parquinho fui direto contar para meus pais e eles ficaram animados.

Horas depois já estávamos prontos para o jantar, saímos da enorme mansão e fomos em direção a casa onde Phillipe havia me direcionado para ir.

Talvez Phillipe tivesse ansiedade, pois ao chegar na rua da sua casa, notei que ele estava na frente da sua casa caminhando de um lado para o outro.

Ao notar nossa presença deu um sorriso enorme, seus pais também estavam com ele.

Ao chegarmos finalmente em sua casa teve toda aquele alvoroço de apresentação e conversas, até chegar a hora do jantar.

Phillipe cadê sua irmã? – perguntou dona Anelisie.

Acho que está no quarto lendo algum livro. – respondeu Phillipe.

Chame-a, por favor. – dona Anelisie pediu.

Tá bom, mamãe. – disse Philippe. — STELLA!! A MAMÃE TÁ CHAMANDO PRA JANTAR, DESÇA LOGO!!!

Acabei rindo, pois lembrei de quando Kaden, meu irmão mais novo, ia me chamar para fazer algo que nossa mãe estava pedindo.

Phillipe Andreyw, tenha modos! Estamos com visitas. – dona Anelisie repreendeu Phillipe.

Phillipe pediu perdão para sua mãe e para meus pais.

Eu achava graça da situação, mas logo fui repreendido também.

Podem comer, sintam-se a vontade, irei chamar minha filha, volto já. – disse dona Anelisie.

Minha mãe assentiu com a cabeça e começou a colocar a comida de Kaden e depois a minha.

Minha mãe pediu para não comer enquanto dona Anelisie não descesse com a sua filha, mas estavam demorando, então resolvi não esperar mais.

Já estava na quarta colherada, quando finalmente dona Anelisie apareceu com a sua filha na sala de jantar.

Perdão pela demora, alguém dormiu demais do ponto. – disse dona Anelisie. — Essa é a Stella, senhores Williams. – disse apresentando a garota ruiva.

Hipnotizado, era o que eu estava.

Em 12 anos eu nunca havia visto alguém tão surreal assim.

Stella realmente havia acabado de acordar, seu rosto e olhos estavam inchados, a confusão em sua mente e corpo eram presentes.

Olá, senhores Williams... – foi a única frase que ela conseguiu formular antes dos seus olhos pousarem nos meus.

Seus olhos verdes brilhavam assim como seu cabelo de cor laranja, suas bochechas estavam super avermelhadas.

Eu sentia que a confusão estava feita assim que ela passou a vista por todos da minha família e voltou a me olhar, respirando bem fundo.

Nervoso, foi como eu fiquei o jantar todo e o restante da noite na casa dos senhores Asthen.

Stella Asthen me deixou com uma confusão mental desde que a vi pela primeira vez.

Como se não fosse o bastante, essa confusão mental acabou piorando 5 anos depois, após saber que Stella estava namorando.

Aquilo foi o cúmulo pra mim, afetou totalmente a minha mente.

Eu não tinha pra quem contar, então guardei tudo pra mim e um pouco para o boxe, ou pro rosto de qualquer um que eu escutasse falando 𝘥𝘦𝘭𝘢.

Ou até mesmo ela.

Mas hoje foi demais pra mim, ela não merecia esse tratamento horrível, não merecia as palavras que acabei soltando por pura fúria.

Estava disposto a mudar isso pra melhor, disposto a conquistá-la, disposto a mudar toda a situação de merda que acabei a colocando.

Disposto a ter Ella pra mim.

Como eu já havia tomado banhado e estava sentado na cadeira do balcão, pensando na merda que eu havia feito depois Stella ter me lançado o olhar mais triste e desgostoso, decidi, finalmente, ir atrás dela.

Fui até o quarto e peguei uma blusa preta na mala, passei um perfume, peguei meu celular que estava em cima do sofá e saí de dentro de casa, indo a sua procura.

Precisava consertar isso.

Eu precisava dela.

...




𝙢𝙚𝙩𝙖 𝙥𝙧𝙖 𝙫𝙤𝙘𝙚̂𝙨:

𝗆𝖾𝗍𝖺 𝖽𝖾 200 𝗏𝗈𝗍𝗈𝗌 𝖾 100 𝖼𝗈𝗆𝖾𝗇𝗍𝖺́𝗋𝗂𝗈𝗌, 𝗌𝖾𝗂 𝗊𝗎𝖾 𝗏𝗈𝖼𝖾̂𝗌 𝖼𝗈𝗇𝗌𝖾𝗀𝗎𝖾𝗆! 🥺

𝑆 𝑇 𝐸 𝐿 𝐿 𝐴Where stories live. Discover now