𝖽𝗎𝖺𝗌 𝘧𝘶𝘤𝘬𝘪𝘯𝘨 𝗌𝖾𝗆𝖺𝗇𝖺𝗌

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𝖲𝗍𝖾𝗅𝗅𝖺 𝖠𝗌𝗍𝗁𝖾𝗇


Já estava na hora da nossa viagem, Phillipe havia ligado dizendo que nos encontria no caminho e pediu para Heydan levar suas coisas.

— Heydan, meu filho, tem certeza que vai sozinho no seu carro? – perguntou minha mãe olhando para Heydan.

— Sim, tia Anelisie. – ele confirma.

Eu estava em pé, com os braços cruzados, olhando aquela cena ridícula dos dois, esperando a boa hora de decidirem entrar nos carros.

Respiro fundo e olho para a minha mãe, ela pousa o seu olhar sobre mim e depois olha para Heydan.

Não, não, não, não, não!

— Por que não vai com ele, Stella?

Já tinha aberto a boca para protestar, mas meu pai me corta antes mesmo de falar algo.

— Verdade, minha filha, por que você não vai com ele? É muito chato passar horas em um carro sem companhia. – disse meu pai.

Eu estava com uma cara de tacho que dava pra ver até de outro planeta.

— Não preci...

— Eu vou. – digo cortando Heydan de sua fala. — Nada é pior que uma condenação.

Se eu não fosse, meus pais iriam passar a viagem toda reclamando comigo, eu os conhecia, me condenariam por deixar Heydan sozinho.

— Sendo assim, então vamos logo. – disse minha mãe se direcionando para o carro junto com o meu pai.

E eu vou para o carro de Heydan, com um peso enorme na consciência.

...

Ia ser uma viagem tranquila, se eu não fosse estúpida demais apenas colocando uma calça moletom e um cropped.

Talvez eu preferisse a condenação.

Eu estava morrendo de frio, mas não sabia ao certo se era por causa da temperatura baixa que a noite estava, se era por causa do frio do ar-condicionado do carro ou se Heydan era o motivo.

Estava fingindo estar tudo bem, quando sinto a mão de Heydan tocando em meu braço.

— Separei um blusão e um casaco moletom, estão no banco de trás. – o encaro. — Está morrendo de frio.

Separou?

— Por que separou se você já está com as roupas apropriadas?

— Porque eu sabia que você ia precisar. – ele diz prestando atenção no trânsito.

— Sabia que eu ia precisar? – ergo minha sobrancelha. — Eu nem viria com você se não fosse meus pais.

— Viria sim. – ele me olha de relance e morde seu lábio inferior.

Parecia até um teste de provocação.

— Acredite, eu não viria mesmo. – digo segura.

— Como quer que eu faça do jeito certo se ainda prefere me evitar? Você sabe que não quer isso, mas ainda assim faz. – revirei meus olhos com tamanha audácia que Heydan apresentava.

— Como pode ter tanta certeza das suas palavras?

— Pelo jeito que você fica nervosa quando chego perto de você, pela forma como seu corpo arrepia quando te toco e pelas suas bochechas vermelhas quando te olho. – ele diz calmamente, sem tirar a vista da rua.

— Já falei que essa sua linguagem corporal é tão fodida quanto você. – o alfineto.

— E você lembra o que aconteceu depois disso?

𝑆 𝑇 𝐸 𝐿 𝐿 𝐴Où les histoires vivent. Découvrez maintenant