𝖲𝗍𝖾𝗅𝗅𝖺 𝖠𝗌𝗍𝗁𝖾𝗇
Já estava na casa de Heydan praguejando Phillipe mentalmente por não ter me falado onde deixou suas roupas.Pedi Elizabeth, a doméstica da casa, para procurar comigo.
— Sério que você já procurou em todo lugar, Eli?
— Sim, senhorita Ella, eu já procurei. – ela confirma. — Menos no quarto do senhor Heydan.
Bufo. Obvio que estava lá.
— Eu vou até lá, Eli. Muito obrigada. – lhe dou um mini sorriso e começo a subir a escada.
— Vai até lá? – me viro para olhá-la e confirmo com a cabeça, ela parecia um pouco preocupada.
— Algum problema, Eli? – pergunto sem entender.
— É que o senhor Heydan não gosta que vão em seu quarto o incomodar.
Com certeza não.
— Isso é estupidez da parte dele. – reviro meus olhos. — Já, já eu desço. – continuo subindo a escada.
Caminhei mais um pouco até chegar na porta do quarto de Heydan.
Me questionei se eu deveria ter vindo mesmo, não queria acabar igual as últimas vezes.
Respiro fundo e bato em sua porta.
Sem esperar, bato novamente, depois ouço ele destrancando a mesma e meu coração começa a acelerar quando vejo o seu rosto.
Três semanas o evitando, três semanas sem sentir o seu toque, três semanas sem sentir o seu beijo, três semanas que estavam indo super bem.
Até agora.
— Vim pegar as roupas de Phillipe. – digo firme, tentando não transparecer o meu nervosismo.
— Eu sei. – ele diz se afastando um pouco e pude notar uma bagunça enorme em cima da sua cama.
Senti um arrepio transcorrer pelo meu corpo ao ver Heydan me dar visão para seu quarto.
O lugar que eu saí correndo com lágrimas nos olhos há 3 semanas atrás.
— Elizabeth disse que você não gosta que venham te incomodar, então tem como você pegar as roupas para eu ir embora logo?
— Pode entrar, Stella. – ele dá passagem para eu entrar, mas continuo no mesmo lugar.
Eu não iria entrar.
— As roupas, Heydan. – digo já sem paciência.
— Entra, Ella. – ele diz pegando em minha cintura me puxando pra dentro do seu quarto, logo em seguida fechando a porta.
O toque que a sua mão fazia arrepiar o meu corpo era sem explicação.
— Eu só vim pegar as roupas, não complica, Heydan. – saio de perto do seu corpo.
— Por que tá me evitando? – ele pergunta, e eu acabo soltando uma risada nasal, carregada com um desgoto.
— Porque eu quero. – digo com ignorância.
— Três semanas já, Stella. Três semanas que eu mando mensagem, tento falar com você pessoalmente e você fica com essa estupidez de me evitar.
— Estupidez seria se eu ainda tivesse algo com você. – digo procurando as roupas.
Ele bate as mãos na porta, fazendo um barulho super alto.
Se senta em uma cadeira que havia ao lado da porta, e coloca as mãos em seu rosto.
— O que esperaria de uma pessoa que quer se entregar pra você e você, como sempre, se faz de idiota com ela? Esperaria aplausos? Beijos? Carinho? Desejo? Amor? Uma boa foda? – ele me olha sério e trava seu maxilar. — Nada disso, Williams. Você ganha desprezo, rancor, nojo, raiva, ódio.
Heydan se levanta da cadeira e vem em minha direção.
— Não chegue perto de mim, Heydan. – digo me afastando.
Minhas palavras não surgiu efeito algum.
Ele vem ao encontro do meu corpo, colocando sua mão em meu pescoço e gruda nossos lábios.
Eu não podia deixar isso acontecer mais uma vez.
— Porra, Heydan! Por que você faz isso? – digo o empurrando.
— Você é impossível, garota. Você é impossível! – ele diz arrastando as mãos em seu cabelo.
— Que caralhos acontece com você? Por não consegue me escutar nunca? Você só me machuca.
— Você não sabe o efeito que tem sobre mim, Claire. – ele diz me olhando profundamente.
— Você me trata como se eu fosse uma qualquer. Não entendo a cabeça desse pessoal que me sufoca dizendo que você gosta de mim. Você não gosta de ninguém, além de si mesmo. É sufocante tudo isso!
Heydan sai de perto de mim e vai em direção a porta do seu quarto, a abrindo e depois saindo pela mesma quase a quebrando pelo jeito que bateu forte.
Minha única reação foi sentar em um banco que havia em seu quarto, e esconder meu rosto em minhas mãos.
Estava me sentindo triste e pensativa com essa viagem que faríamos.
Eu deveria ir mesmo?
Ouço a porta sendo aberta e eu não precisava olhar para saber que era ele.
E eu me pegava mais surpresa por ainda estar ali.
— Tá ficando tarde, precisamos ir. – agora sua voz estava suavizada, parecia estar mais calmo.
— Só preciso das roupas de Phillipe, deixa que eu vou sozinha. – digo cabisbaixa.
— Vamos. – ele vem ao meu encontro me entregando uma sacola com algumas roupas. — Eu te levo.
Eu já estava cansada o suficiente para discutir com Heydan, acabei cedendo a carona querendo apenas chegar em casa logo.
Estávamos quase chegando em casa.
A tristeza em meu rosto era bem notável.
Senti meu corpo todo arrepiar intensamente ao sentir o toque da mão de Heydan em minha coxa, a acariciando.
— Eu não queria que fosse assim. – sua voz estava rouca, ele estava me olhando com aqueles seus olhos penetrantes.
Era estranho o que esse garoto fazia
comigo, o jeito que o meu corpo reagia com o seu toque, com a sua voz e principalmente com o seu olhar.O meu desejo por ele não havia passado, nada havia passado.
Já estava perdendo a consciência com Heydan acariciando a minha coxa, então pego em sua mão o fazendo parar, justamente no momento que chegamos em frente a minha casa.
— Eu não vou mais me submeter a isso se não quiser fazer do jeito certo. – digo saindo do carro.
Eu havia o deixado com uma pequena esperança.
Eu também não queria que fosse assim, queria não ter me apaixonado por alguém que eu sabia que não deveria.
...
DU LIEST GERADE
𝑆 𝑇 𝐸 𝐿 𝐿 𝐴
Romantik"𝖠𝗆𝗈𝗋, 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝗇𝖺̃𝗈 𝖾́ 𝖻𝗈𝗆 𝗉𝗋𝖺 𝗆𝗂𝗆, 𝗆𝖺𝗌 𝖾𝗎 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗏𝗈𝖼𝖾̂." Stella Asthen sente uma raiva inexplicável por Heydan Williams, o melhor amigo do seu irmão. Stella sofre com brincadeirinhs fúteis desde quando Heydan passou...