27⁰ Capítulo - Pesadelo

82 11 2
                                    

  Já escurecia lá fora e uma forte chuva começava à cair do céu. Fui até a cozinha preparar um lanche para comerem. Mamãe, a Srª Green, Gail e seus filhos estavam na sala, enquanto Taylor e José ficavam vigiando a casa com mais cinco empregados, cada um com uma espingarda.
   Arrumei a bandeja com os sanduíches e escutei um barulho do lado de fora da casa. Espiei pela janela dois homens mascarados rondando a casa. Peguei a bandeja a entregando a Gail.

ANA: - Vamos lá pra cima! A sala de cinema é mais confortável. - Gail não retrucou chamando todos para o andar de cima. - Jenny! - chamei. - Preciso que coloque o armário em frente à porta fazendo uma barreira.

JENNY: - Está tudo bem? - perguntou nervosa.

ANA: - Está sim! Só preciso que faça o que pedi e só saiam de lá quando forem buscar vocês. - ela assentiu seguindo a mãe e os demais. - Tem dois mascarados rondando a casa! - falei para eles.

JOSÉ: - Suba com elas Ana! - ordenou.

ANA: - Vou ficar lá em cima mas preciso de uma arma.

JOSÉ: - Não sei se é uma boa idéia Ana!

ANA: - Preciso de uma arma! - falei perdendo a paciência.

TAYLOR: - Dê José. Ela precisa para se proteger.

JOSÉ: - Ok! Você venceu! Mas vou ficar lá em cima vigiando.

  Concordei e subimos as escadas juntos. Entrei em umas das suítes indo até a sacada. Havia fogo próximo aos estábulos.

ANA: - Que Deus te proteja Christian! - sussurrei baixinho. Minutos depois começaram os tiros. Meu celular vibrou no bolso da calça. Era Jenny me avisando que a polícia já estava à caminho.

  Escutei um barulho vindo do corredor. 

JOSÉ: - Ana onde você vai? - ele me puxou pelo braço.

ANA: - Tem alguém aqui em cima.

JOSÉ:  - Me espere aqui que vou lá ver! 

  Ele saiu da suíte caminhando pelo corredor, o segui sem fazer barulho. Havia claridade no fim do corredor, na minha suíte. José ficou furioso ao me ver mas não pode fazer nada. Entramos e seguimos o barulho até o closet. Pelo reflexo de uma das portas de vidro, pude ver um dos mascarados colocando minhas joias dentro de uma bolsa. José apontou a arma para o bandido que parecia distraído. Foi quando senti um cano frio apontado para minha cabeça.

BANDIDO: - Parado ou ela morre! - falou alarmando seu companheiro que saiu as pressas de dentro do closet já com a arma em mãos.  Meu corpo todo ficou tenso.

BANDIDO 2: - Não faça nada contra ela! Ela é a mulher do riquinho! - falou apontando para o quadro com a fotografia do nosso casamento. - Vamos levá-la como garantia.

BANDIDO: - Ganhamos na loteria! - ele pegou forte meus cabelos me fazendo gritar.  - Cala essa boca vadiazinha!

  Ele me conduziu pelo corredor segurando meus cabelos. A dor era tanta que me causava náuseas. José tinha uma arma apontada para sua cabeça pelo outro mascarado. Assim que descemos as escadas o bandido empurrou José no chão disparando contra ele.

ANA: - JOSÉ: - gritei em desespero ao ver ele ferido.

BANDIDO: - Eu mandei você calar a porra da boca! - ele me puxou em direção à porta. - VAMOS LOGO! - gritou para seu parceiro que estava parado em frente ao corpo inerte de José.

  Outro disparo! O bandido me empurrou e cai sentada no chão. Ele foi em direção ao parceiro que estava caido. Aproveitei o momento e tirei minha arma da cintura disparando em sua direção. O tiro atingiu sua coxa. Ele voltou mancando furioso com a arma apontada para mim que efetuei outro disparo. Desta vez atingindo seu abdômen. O bandido caiu sobre mim.

O CONTRATO Donde viven las historias. Descúbrelo ahora