Na adolescência Anastasia vive um amor não correspondido por Christian Grey. Seis anos se passam e com a morte de seu pai, Ana retorna para La Salle. Lá descobre que seu pai estava falido e devendo muito dinheiro à Christian. Mas seu mundo desaba co...
CARLA: - Eu não sei nem o que preparar para o jantar! - mamãe estava nervosa e eufórica ao mesmo tempo com o jantar que iríamos oferecer à Christian.
ANA: - Faça um arranjo lindo de flores e deixa que eu preparo o jantar! - falei já indo para a cozinha com ela em meu encalço.
CARLA: - Não vai me dizer do que se trata? - perguntou curiosa. - Desde que chegou de Nova York anda tão quieta... você e Christian se desentenderam?
ANA: - É claro que não mãe! Se estivesse me desentendido com ele não o chamaria para jantar com a gente hoje à noite.
Ela saiu e eu pude curtir a minha tristeza em paz. Desde que voltamos de viagem não trocamos nenhuma palavra. Ele não me mandou mensagem, não me ligou. Era inegável a falta que ele fazia, a saudade que eu sentia dele. Não sei como pude ficar tantos anos longe!
Já passava das seis da tarde quando a campainha tocou. Mamãe estava arrumando a mesa de jantar enquanto eu terminava de me arrumar. Prendi meu cabelo fazendo um rabo de cavalo e dei uma última borrifada de perfume antes de descer.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Mamãe bajulava Christian que sorriu ao me ver.
CHRISTIAN: - Oi Anastasia! - aquele sorriso me derretia toda.
ANA: - Oi! - caminhei até ele que estava sentado no sofá e lhe dei um selinho rápido nos lábios me sentando ao seu lado.
CARLA: - Espera aí! - mamãe falou balançando as mãos confusa. - O que está acontecendo aqui?
Encolhi minhas pernas em cima do sofá escorando meu corpo no de Christian, pousando minha mão em sua perna.
CHRISTIAN: - Anastasia e eu estamos namorando! - ele entrelaçou sua mão na minha. - E gostaria de pedir a mão dela em casamento! - mamãe parecia não processar direito a idéia.
CARLA: - Vocês irão se casar? Mas já?
CHRISTIAN: - O quanto antes Carla! - ela arregalou os olhos. - Estamos pensando em nós casar em dezembro.
CARLA: - Dezembro? Deste ano? - Christian afirmou com a cabeça e ela se levantou do sofá. Parecia atordoada. - Ana você está grávida? - espero que não, pensei comigo mesma.
ANA: - É claro que não! - ela se sentiu aliviada pousando a mão no peito.
CHRISTIAN: - Como falei Carla, não quero perder mais tempo! Eu amo sua filha e a quero ao meu lado para todo o sempre. - ele beijou a minha mão me olhando nos olhos.
CARLA: - Se é assim... eu abençoo a união de vocês dois! - falou sorrindo. - Se é isso que você quer eu apoio! Te amo minha bebê! - falou me abraçando apertado. - Bem vindo à família Christian!
Mamãe saiu da sala saltitante, para terminar de pôr a mesa e no mesmo instante Christian largou minha mão me fazendo sentir um vazio no peito.
ANA: - Vamos jantar! - falei me levantando sendo seguida por ele.
Nosso jantar ocorreu tranquilo, mamãe parecia deslumbrada com tudo o que Christian falava. Sua mão sempre acariciando a minha.
CHRISTIAN: - Já está na minha hora! - falou depois de terminar seu café. - Tenho muitas coisas para resolver amanhã!
CARLA: - Ah que pena que já vai embora!
CHRISTIAN: - Espero você no jantar de Ação de Graças! - falou se despedindo de minha mãe com um beijo no rosto. - Me acompanha? - afirmei com a cabeça segurando a mão que ele oferecia. Entrelacei nossos dedos e saímos em direção ao seu carro.
Como já era de costume a Srª Green estava à espreita na porta de casa. Christian acenou pra ela que ficou sem graça mas retribuiu acenando de volta.
Levei um susto quando Christian me ergueu em seus braços me sentando no capô gelado de seu carro.
CHRISTIAN: - Hoje temos mais uma admiradora além da Srª Green! - falou se referindo à minha mãe que espiava na janela da sala.
Christian se acomodou entre minhas pernas me puxando pra mais perto, enlacei seu pescoço e o puxei com minhas pernas o prendendo em volta de mim. Ele me fitou surpreso mas não protestou, afinal tínhamos que dar um show para nossa pequena platéia. Ele segurou firme em minha cintura com uma mão enquanto a outra puxou meu rosto para si até nossas bocas se tocarem. Christian me deu um beijo de tirar o fôlego fazendo meu sexo latejar de desejo.
CHRISTIAN: - Preciso que vá até a fazenda amanhã! - falou interrompendo o beijo.
CHRISTIAN: - A suíte ficou pronta! Preciso que você veja se ficou do seu agrado.
ANASTASIA: - Você sabe muito bem o que penso sobre a reforma, mas amanhã estarei lá! - lhe puxei pelo pescoço lhe dando um último selinho antes dele entrar no carro e sumir do meu campo de visão sem me dar tchau.
Mamãe me esperava sentada na sala.
CARLA: - Christian tem pegada! - falou se referindo ao amasso que trocamos lá fora.
ANA: - E você está se saindo uma bela fofoqueira! - falei a deixando espantada. - Está aprendendo direitinho com a Srª Green.
CARLA: - Assim você me ofende! - disse dramática. - Meu Deus Ana falta pouco mais de um mês para seu casamento e não organizou nada! E não dá nem pra aproveitar as coisas do seu casamento com José. Vocês iriam se casar só no civil e sem festa.
ANA: - Christian faz questão de uma cerimônia luxuosa mamãe! - me atirei no sofá. - Ele conhece muita gente! Tem muitos sócios e fora os amigos da alta sociedade. - gente que não pertence ao meu mundo!
CARLA: - Como vai organizar tudo em pouco tempo?
ANA: - Quando se tem dinheiro se compra tudo mamãe! - tudo mesmo! - E quem não vai querer organizar o casamento do empresário bilionário Christian Grey?
CARLA: - Você tem razão! Não sei nem me comportar no meio desse tipo de gente.
ANA: - Como sempre se comportou ué! E já vai escolhendo seu modelo de vestido. Assim que Mia chegar iremos organizar tudo! Quero você deslumbrante!
Lhe dei um beijo e fui pra cama pensando em como Christian estava frio comigo. Sei que era culpa minha, que fui um pouco dura mas ele precisava saber que eu não era mais aquela menina ingênua de seis anos atrás. Mesmo minha vontade sendo outra, mesmo o amando eu não podia esquecer que havia sido vendida pelo meu próprio pai. Nosso casamento era uma fachada, na verdade um contrato.
