Sexto 🥀

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Os dedos compridos da alfa deslizaram pelas costas de sua amada, que dormia tranquilamente sobre seu peito nu e suado

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Os dedos compridos da alfa deslizaram pelas costas de sua amada, que dormia tranquilamente sobre seu peito nu e suado. O contato das peles sem roupas deixava tudo quente.

O cabelo bagunçado da rosada se espalhavam sobre o travesseiro enquanto os braços da policial rodeavam sua cintura e murmúrios baixinhos saiam de seus lábios. Os olhos da rosada desceram para o corpo da outra, olhando cada curvinha linda que ela possuía no corpo esbelto.

Sakura viu a morena se mexer e apertar-lhe mais em seus braços  para enterrar o rosto contra seu pescoço. Colocou o braço livre embaixo da cabeça e olhou para o teto, se perdendo em seus próprios pensamentos. Fazia quase três meses que não via Hinata, e se sentia culpada por isso, mas sua culpa maior era esconder coisas que certamente a Hyuga descobriria um dia. Sakura fazia de tudo para que esse dia não chegasse, mesmo sabendo que adiar seria pior. Porém ver o olhar de decepção nos olhos claros e gentis da mulher que amava seria mil vezes pior e destruiria seu coração em milhões de pedaços. Por isso se apegava a cada momento que conseguia passar com ela.

    
    FLASHBACK

A menininha de cabelos curtos e rosas fungou, passando a mão suja no nariz que escorria enquanto levava o pedaço de pão mofado até os lábios. Mastigava, sentindo a textura  pastosa e úmida tomar conta de sua boca. Ela olhou para baixo, vendo os cachorros rosnando e rodando a lata de lixo em que ela estava em cima, encolhida para se proteger dos animais que tentavam roubar sua comida.

A menina não tinha uma vida fácil, morava nas ruas desde que se entendia por gente e aprendeu a sobreviver nelas. Aprendeu que aqueles animais poderiam matá-la para ter o que comer. Aprendeu a se defender e a lutar por um lugar onde dormir à noite. Aprendeu a sobreviver nos becos.

— Ei, seus selamentos! Saímos daqui! — A voz do velho ecoou através da porta dos fundos, chamando atenção para sua própria imagem, que se apropria de uma vassoura, usada para afastar os cachorros, que logo correram para longe.

A menina sobressaltou quando viu o velho vindo na sua direção, e rapidamente pulou de cima da lixeira e correu o mais rápido que suas perninhas curtas e magricelas permitiam.

Ela corria sem rumo. Sua barriga roncava, seus olhos ardiam, o cheiro forte que ela emanava pela sujeira acumulada incomodava as pessoas que passavam ao seu lado, as solas machucadas de seus pés ardiam sobre o asfalto quente e a dor em suas juntas já não  incomodava mais. Ela havia se acostumado.

— Ei, ei! — uma mão firme segurou o braço da menina, que começou a gritar. As lágrimas
grossas já desciam pelas as bochechas sujas enquanto. — Se acalme, não quero lhe ferir. Olhe.

A garota ofegou e parou de se debater, encarando o homem de fios escuros e curtos, e pele levemente bronzeada, que trajava roupas escuras, que pareciam ser extremamente caras. Seus olhos eram negros e gentis, e em sua mão direita, carregava uma sacola cheia de biscoitos e doces.

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