Segundo 🥀

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— Você não cansa desses livros, não é? - disse uma voz suave e gentil, que atravessou os ouvidos sensíveis do loiro, que estava sentado no canto da floricultura em que trabalhava, com carinho

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— Você não cansa desses livros, não é? - disse uma voz suave e gentil, que atravessou os ouvidos sensíveis do loiro, que estava sentado no canto da floricultura em que trabalhava, com carinho.

Ele estava com as pernas encolhidas contra o peito e folheava mais um de seus livros. Seus olhos grandes e azuis piscavam devagar, enquanto suas íris iam da esquerda para a direita rapidamente por trás dos óculos de grau de moldura fina e elegante.

— Ler nunca me será cansativo, mãe. - o ômega retrucou, fazendo um bico e voltando sua atenção para as páginas amareladas

— Entendo... - disse a mulher de fios longas e avermelhados, que sorriu observando seu menino encolhido dentro de uma calça jeans larga e de uma blusa de mangas longas finas e largas.  — Mas quando não se gosta de ler faz com que pessoas interajam e tenham amigos, eu faria parte desse grupo sem pestanejar. - disse Kushina.

A ruiva engravidou aos 23 anos, e na época, não tinha a vida que tem agora, ou pelo menos finge ter, Kushina era uma ômega envolvida em situações complicadas e perigosas, não sabia como seguiria ou como levaria a vida, então imagine cuidar de uma criança.

Na época, ela se viu desesperada em meio a tantos problemas e julgamentos. Teve que lidar com fortes rejeições e grandes decepções, mas felizmente seu namorado da época ajudou em cada passo, futuramente, tornando-se seu marido e se envolvendo no seu mundo perigoso.

— Já conversamos sobre isso, mãe. - O loiro resmungou antes de suspirar e levar o indicador até o seu óculos e empurrá-lo para o local correto.

—  Só quero que você faça amigos, Naruto. - a voz da ruiva era de derrota.

—  Mãe, por favor, agora não.

Ela abaixou o olhar. A ruiva, de certa forma, sentia-se culpada por tudo o que seu filho passava. Afinal era ela que se isolava e tentava passar despercebida, comportamento esse que agora tem refletido diretamente em seu filho.

— Só quero que você se sinta bem! - disse aflita

— Os livros me fazem bem! - respondeu já cansado desse assunto

—  Os livros não te proporcionam o que a realidade pode proporcionar, Naruto! - ela falou enquanto pegava uma pequena flor branca que estava jogada sobre o balcão,que foi colocada por ela, atrás da orelha do loiro. — Essas páginas não vão te ensinar sobre o real amor.

— Não preciso saber sobre o amor. - Naruto retrucou com rispidez

—  Você vive em um mundo tão... - ela suspirou, nem se dando o trabalho de terminar a frase.

— Mãe, eu já disse, não preciso de ninguém, e não quero ninguém. - o loiro falou firme, não com falta de respeito, mas firme o suficiente para fazer a ruiva lamentar.

— Filho por favor…

A ômega estava estava acostumada com as esquivas do filho, desde que Minato se foi.  Kushina tentou levar uma vida tranquila, protegendo Naruto de tudo e todos, não foi fácil e ainda não é, mas seu anonimato tem lhe custado muito.

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