"O que esperava? Ele levou dois tiros, a lateral do corpo estava cheia de hematomas e metade do sangue saiu dele!" Era a Hinata e mesmo sem ver, sabia que estava revirando os olhos.

"Vou te dar dois tiros para ver como você fica" Agora era Sai e eu sorri pequeno.

— Provavelmente melhor do que eu. – Abri os olhos com dificuldade, vendo todos sorrirem mais largo e se jogarem ainda mais em cima de mim. — O que aconteceu?

— Você desmaiou. – Tobirama explicou e eu bufei enquanto virava a cabeça para vê-lo na maca ao lado.

— Sério? – Fui irônico. — Eu estava falando sobre o Sasuke. – Tentei me sentar, mas ninguém me deixou fazer isso por conta própria.

— Ninguém te culpa pelo o que aconteceu, Naru. Você fez bem em trazê-lo para cá. Vocês dois fizeram. Não conseguiriam protegê-los do jeito que estavam. – Sai sorriu fraco, passando a mão com carinho em meus cabelos molhados e olhando para Tobirama também.

— Mas...? – Já previa isso e quando eles se entreolharam, meu coração disparou. — O que foi?

— Senhor Yamanaka decidiu manda-los para o Alaska. Lá poucas pessoas os conhecem e estarão em segurança. – Gaara respondeu devagar, prevendo o meu surto.

— Filho da puta. – Rangi entre os dentes e pulei da cama, arrancando o soro do meu braço junto com o tubo que passava o sangue da bolsa para o meu corpo.

— Naruto! Você não pode levantar assim! Perdeu muito sangue e-

— Eu não posso deixar ele levá-lo! – Interrompi Tobirama com a voz exasperada. — Você não vai fazer nada para que Izuna fique? – Perguntei indignado, mas não deixei que respondesse. — Não posso deixar Sasuke ir para o outro lado do mundo!

— Não me parece motivo o suficiente para você ter levantado da cama.

Me virei depressa ao escutar sua voz atrás de mim. Sasuke parecia bem. Havia tomado banho e ganhado roupas novas. Tinha um sorriso leve nos lábios e estava apoiado no batente da porta. Sua mala estava ao seu lado, Izuna também.

— Não faz isso. – Pedi quase implorando. — Por favor, não faz isso. – Meus olhos começaram a marejar e eu me aproximei alguns passos dele. Ele respirou fundo, olhando para o chão.

— Vamos deixar vocês conversarem. - Hinata disse, puxando os meninos para fora do quarto.

— Izu, fecha a divisória, por favor. – Tobirama pediu e o moreno foi até o botão preso na parede, descendo uma parede para nos dividirem.

Sasuke suspirou e deixou a mala do lado de fora mesmo, caminhando em minha direção e me empurrando em direção à cama. Não queria sentar e ele não queria me deixar de pé.

— Naruto... – Ele respirou fundo, mas se calou quando eu o puxei para mim, o abraçando apertado.

— Em toda a minha vida, eu nunca senti que realmente tive um lar. – Escondi o rosto em seu peito e senti quando seu coração acelerou. — Mesmo com amigos, eu nunca me senti bem aqui... Isso mudou quando eu conheci você.

— Naruto, não-

— Por que não? – Afastei o rosto apenas para encarar seus olhos, que estavam tão marejados quanto os meus. — Eu não posso simplesmente ignorar o que vivemos, Sas. Foi real para mim, cada minuto, cada declaração, cada toque... Você sabe que foi.

— Não quero que você se machuque mais. – Ele disse, me olhando ao suspirar. — Você quase morreu e- ai meu Deus.

Ele ficou alguns segundos olhando para o chão e quando escorreu a primeira lágrima, eu me sentei na cama, puxando ele para que ficasse no meio das minhas pernas. Sasuke começou a chorar e me apertou com força, molhando meu pescoço com suas lágrimas.

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